Da caixa de comentários:
Estou chocada com esse relato. O conselho tutelar foi criado por força da Lei Federal 8.069 (ECA) justamente para defender os direitos das crianças e dos adolescentes contra abusos desse tipo, NÃO para persegui-los. A função do Conselheiro Tutelar é de orientar, aconselhar e tomar decisões que visem solucionar os casos de violação dos direitos dos menores. O conselheiro não pode julgar, abrir processos, condenar ou absolver e nesse caso certamente deveria ter encaminhado o caso ao Ministério Público ou ao Poder Judiciário, denunciando a agressão e subseqüente perseguição sofrida pelo aluno pelo professor e diretora. Um país que trata seus jovens dessa maneira certamente não terá um futuro promissor.
Caroline Miles, PaisOnline
.-.
Mais um capítulo da “novela” sobre o aluno perseguido na EE Lucas Roschel Rasquinho (leia o histórico aqui http://educaforum.blogspot.com/2008/05/flores-para-esses-pais.html):
Depois que os pais do aluno protocolaram documento na escola, não autorizando que ele fosse chamado na diretoria sem a sua presença, esperava-se que a diretora convidasse os três – o aluno e os pais, para uma conversa esclarecedora e conciliadora. Mas não: ela respondeu, por escrito, que tinha todo o direito de chamar o aluno em sua sala quando bem entendesse e que a recusa do mesmo a comparecer constituía crime de “desacato à autoridade”, conforme Decreto 11.625/78, Art. 63.
Depois que os pais do aluno protocolaram documento na escola, não autorizando que ele fosse chamado na diretoria sem a sua presença, esperava-se que a diretora convidasse os três – o aluno e os pais, para uma conversa esclarecedora e conciliadora. Mas não: ela respondeu, por escrito, que tinha todo o direito de chamar o aluno em sua sala quando bem entendesse e que a recusa do mesmo a comparecer constituía crime de “desacato à autoridade”, conforme Decreto 11.625/78, Art. 63.
Ficou bem claro, portanto, que a diretora não quer conversa nem conciliação e foi por isso que havíamos pedido a interferência da Secretaria da Educação para agendar uma reunião dos pais do aluno com a diretora e o coordenador pedagógico da escola, na presença de um representante da Diretoria de Ensino Sul 3 e da SEE, mas ainda não obtivemos retorno. No ínterim, o aluno e os pais foram convocados para se apresentarem ao Conselho Tutelar de Parelheiros, na data de hoje. A conselheira Conceição, bastante ríspida e indelicada, impediu que os pais participassem de sua reunião com o aluno, contrariando o Art. 142 do próprio ECA, que garante à criança e ao adolescente a presença de seus responsáveis durante qualquer interrogatório, e não permitiu que eles tivessem acesso a um relatório encaminhado pela escola ao Conselho Tutelar.
O Conselho Tutelar é um órgão que deveria – DEVERIA – proteger e orientar a criança e o adolescente. Mas, na maior parte dos casos que nos chegam, ele serve à escola no sentido de expulsar os alunos “indesejados”. O exemplo de hoje vem reforçar essa idéia, pois, enquanto o aluno estava sendo interrogado pela conselheira Conceição, os pais foram atendidos por outro conselheiro, que não soube explicar o motivo dessa separação. A conselheira Conceição também não explicou ao aluno o motivo de seu interrogatório, aliás não permitiu que o aluno se defendesse ou relatasse os fatos, limitou-se a um imenso sermão de que seu comportamento na escola seria péssimo. E é muito provável que, na hora de um possível questionamento, ela venha a desmentir o teor dessa “conversa”, que se passou entre quatro paredes e sem testemunhas...
Entendemos portanto que o aluno e os pais foram chamados ao Conselho Tutelar apenas para serem intimidados, na tentativa de – quem sabe – conseguir que o adolescente passe a se sentir tão desconfortável na escola, a ponto de mudar para uma outra unidade. Aliás, conforme já relatado no post anterior, o aluno está completamente desmotivado para as aulas e só está indo à escola por incentivo dos pais.
Nota zero para o Conselho Tutelar de Parelheiros! Aliás, hoje mesmo, o pai do aluno vai protocolar um documento no Conselho, pedindo o acesso que lhe foi negado, ao relatório encaminhado pela escola.
Quanto a nós, vamos insistir junto à SEE até que seja agendada a reunião solicitada pelos pais, e então, se houver muita demora, faremos “plantão” na sala de espera da Chefia de Gabinete da Secretaria, até esclarecermos o motivo pelo qual os pais do aluno não obtêm o direito de se reunir com as autoridades responsáveis pelo constrangimento do filho dentro da escola.
Vejam quanto trabalho! E ainda nos chamam de “trouble makers”, rsrs!
O Conselho Tutelar é um órgão que deveria – DEVERIA – proteger e orientar a criança e o adolescente. Mas, na maior parte dos casos que nos chegam, ele serve à escola no sentido de expulsar os alunos “indesejados”. O exemplo de hoje vem reforçar essa idéia, pois, enquanto o aluno estava sendo interrogado pela conselheira Conceição, os pais foram atendidos por outro conselheiro, que não soube explicar o motivo dessa separação. A conselheira Conceição também não explicou ao aluno o motivo de seu interrogatório, aliás não permitiu que o aluno se defendesse ou relatasse os fatos, limitou-se a um imenso sermão de que seu comportamento na escola seria péssimo. E é muito provável que, na hora de um possível questionamento, ela venha a desmentir o teor dessa “conversa”, que se passou entre quatro paredes e sem testemunhas...
Entendemos portanto que o aluno e os pais foram chamados ao Conselho Tutelar apenas para serem intimidados, na tentativa de – quem sabe – conseguir que o adolescente passe a se sentir tão desconfortável na escola, a ponto de mudar para uma outra unidade. Aliás, conforme já relatado no post anterior, o aluno está completamente desmotivado para as aulas e só está indo à escola por incentivo dos pais.
Nota zero para o Conselho Tutelar de Parelheiros! Aliás, hoje mesmo, o pai do aluno vai protocolar um documento no Conselho, pedindo o acesso que lhe foi negado, ao relatório encaminhado pela escola.
Quanto a nós, vamos insistir junto à SEE até que seja agendada a reunião solicitada pelos pais, e então, se houver muita demora, faremos “plantão” na sala de espera da Chefia de Gabinete da Secretaria, até esclarecermos o motivo pelo qual os pais do aluno não obtêm o direito de se reunir com as autoridades responsáveis pelo constrangimento do filho dentro da escola.
Vejam quanto trabalho! E ainda nos chamam de “trouble makers”, rsrs!
Comentários
Eu nunca vi um comentário nesse blog de professor falando dos bons, excelentes alunos que ha nas escolas públicas.
Luiz D.Marchioli
Ipiranga - S.P
Quanto ao Conselho Tutelar, essa conselheira de Parelheiros atuou de forma tão absurda que merecia ser destituída! Onde já se viu o próprio conselheiro transgredir o ECA?????!!!!!!! Infelizmente, conselheiro tutelar é como político: elegeu, agüentou...
Estou chocada com esse relato. O conselho tutelar foi criado por força da Lei Federal 8.069 (a ECA) justamente para defender os direitos das crianças e dos adolescentes contra abusos desse tipo, NÃO para perseguí-los. A função do Conselheiro Tutelar e de orientar, aconselhar e tomar decisões que visam solucionar os casos de violação dos direitos dos menores. O conselheiro não pode julgar, abrir processos, condenar ou absolver e nesse caso certamente deveria ter encaminhado o caso ao Ministério Público ou o Poder Judiciário, denunciando a agressão e subseqüente perseguição sofrida pelo aluno pelo professor e diretora. Um país que trata seus jovens dessa maneira certamente não terá um futuro promissor.
Amanhã vou falar desse conselho na TV Assembleia
se pude me assista no sábado
ao meio dia tva canal 66 ou canal 13 da net
ou pela internet
hoje falei na rádio cidade.
eta povinho sacana
esse caso de Parelheiros eu ví acontecer muitas vezes no CT do Butanta na gestao passada.
Gostei deste seu últimno comentário. Quando eu contei o caso do nosso aluno, foi pensando neste seu último parágrafo. E agora, ele ainda está na escola (fizemos reuniões com os pais pedindo compreensão e respeito aos pais dele), mas tem sido rejeitado por alguns colegas, funcionários e uma meia duzia de professores(babacas!) que radicalizaram no apoio ao outro professor que saiu. A minha dúvida é: Será que vale a pena ele permanecer na escola e ficar isolado? Não teria sido melhor buscar outra escola? Tentar começar de novo? O que você acha?
bj, Danielle
O secretário da educação, com sobrenome FURLAN, é um nome político muito forte dentro deste município em que a cúpula do governo continua a mesma há décadas... quando vi a reportagem já imaginei que com o FURLAN não aconteceria nada...
Este cara, o FURLAN, na verdade é odiado também por muitos professores da rede municipal de Barueri por suas medidas descabidas e ditadoras até mesmo com os funcionários.
Não duvido nada, que o mesmo tenha realmente destratado os estudantes...
Ninguém consegue derrubar estes politicos de Barueri...
Como sempre, sábias as suas palavras. Acho que alguém daqui ouviu, pois a CRE resolveu que o aluno fica atendendo a solicitação dos pais dele.
Nós cariocas temos um defeito que as vezes é qualidade. Basta uma vitória do Flamengo e tudo acaba em samba. Pois é, no caso do aluno está acontecendo que ele está meio fora de moda na escola. Já não é mais o assunto favorito das crianças. Os pais resmungam no portão mas não hostilizam ele ou os pais. Entre os professores ainda há algumas críticas, mas na última reunião semanal resolvemos acatar a decisão da CRE e apoiar a nossa diretora que é muito humana e tem dado suporte aos pais. Engraçado é que entre os professores que discordam da decisão da CRE todos são homens.
O meu pai sempre me diz que o tempo é o melhor remédio. Vamos dar tempo ao menino, quem sabe ele encontra seu caminho na escola e fora dela.
bjs Danielle
p.s. Alô anônimo ai de cima! Os pais do aluno estavam na reunião sim. Nossa escola é meio louca, mas muito pública.
Nossa diretora, o professor fala nossa diretora
A diretora fala a minha escola]
eita panelinha nojenta.....
Ó tima para quem, cara pálida?
ela recebe para dirigir a escola que deveria ser dos aluno
A dona da escola e dua turma...
que "maravilha"
Assim vai a escola pública ladeira abaixo...
Danielle
Favor não hostilizar os poucos professores que entendem nossa linguagem. Eles são a ponte que pode dar suporte aos pais e alunos isolados dentro da escola!
Sigamos na luta,
bjs,
MHZ
O que se passa na cabe�a de pessoas como voc�?