Conforme prometemos em novembro, estamos iniciando hoje uma nova série de depoimentos sobre a escola que o Brasil desconhece. São depoimentos de pais, alunos, ex-alunos, funcionários e professores da rede pública sobre o autoritarismo na escola. A cada semana será publicado um documento recebido pelo EducaFórum, fazendo luz sobre aquele que é o maior problema da educação brasileira, abafado por centenas de quilômetros de panos quentes, por todo o território nacional.
Iniciamos com um documento protocolado na Secretaria da Educação do Estado de São Paulo em 10/10/2007.
ILMA. SRA. SECRETÁRIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DE S. PAULO
É com muita esperança que nós, pais, alunos e pessoas da comunidade da Vila Gustavo em São Paulo, localizada na zona norte da Capital, gostaríamos de fazer um pedido de avaliação a respeito da volta da diretora da E.E. David Eugênio dos Santos, a qual estava afastada por estar respondendo processo administrativo após sindicância feita na referida escola.
Desde sua posse como diretora, em julho de 2002, enfrentamos muitos problemas, como: maus tratos a pais, alunos, professoras e funcionárias. Pais que fizeram denúncias contra a escola tiveram que transferir seus filhos porque estavam sendo perseguidos pela diretora, pais colocados para fora da escola, professoras sendo ameaçadas e prejudicadas com falsas denúncias montadas pela diretora, vice e coordenadora pedagógica, policiais da PM (PROERD) que foram depor contra, sofreram pressão e seus depoimentos foram copiados e levados até seus comandantes, acidentes aconteceram sem esclarecimentos, houve ameaças de morte contra pais, alunas e professoras.
De setembro de 2005 a junho de 2006, a diretora esteve afastada junto à DE Norte 2, foi um período de sossego onde o diretor que assumiu manteve um bom relacionamento com todos, após essa data os problemas voltaram gradativamente.
Hoje estamos pior do que antes, pois a mesma continua perseguindo professoras, pais e funcionárias que foram depor contra ela, faz ameaças e se diz terrorista, berra com todos deixando o ambiente difícil de enfrentar, não tem educação e destrata todos.
Houve duas mortes durante a realização da sindicância: a mãe de aluna Edna que estava sendo acuada pela mesma e não quis depor a seu favor, foi perseguida até não aguentar e ter um derrame cerebral aos 36 anos de idade (2005), a outra foi a merendeira que após quinze dias do retorno da diretora, por se sentir pressionada, sofreu um enfarte fulminante dentro da escola (três dias antes havia falado sobre as pressões sofridas com a professora que está afastada), caindo morta (2006). No dia 6 de setembro, após um pai da APM questioná-la sobre problemas na escola, ele foi levado à sala da diretora, que o atendeu com descaso, debochando e destratando-o, o mesmo passou mal logo após e teve um princípio de enfarte.
Há dois anos os alunos não têm o projeto PROERD ministrado pela PM, isto porque a diretora não o aceita, tirando o direito dessas crianças de serem informadas a respeito de drogas, ela continua fumando dentro da escola, deixando um ar contaminado pelo seu vício.
Muitas ocorrências estranhas ocorreram no decorrer da sua direção, além dos que já estão sendo apurados há outros como o sumiço do livro de visitas dos supervisores. Esse livro sumiu logo após serem feitas denúncias contra a supervisora Marli (DE Norte 2).
Houve duas sindicâncias realizadas, a primeira foi em meados de 2004, feitas pela DE Norte 2, na época do dirigente Luiz Candido, misteriosamente não comprovaram nada contra a direção (desvio de verbas da APM, cobrança de taxas para os alunos, cantina ilegal e sem contabilidade, fumo em prédio público, maus tratos a funcionários, entre outros). Mas por insistência dos pais fizeram a segunda diretamente na COGSP, só assim foram apurados os fatos resultando em processo administrativo contra essa senhora.
O que estranhamos é o tempo que demora em julgarem e resolverem esse problema. A cada dia que passa há mais ameaças deixando todos constrangidos, há professoras e funcionárias que se encontram afastadas de licença medida devido às ameaças feitas por ela, chegando a intimidá-las para não mais apontar problemas dentro da escola. As demais testemunhas, pais e funcionários estão com medo e falam até em não comparecer para depor (muitos ainda estão atuando na escola). Se ela fosse afastada definitivamente para outro setor, teríamos mais pessoas para confirmar as acusações, mas por medo elas se calam e sofrem. Outras pediram transferência ou se afastaram por problemas de saúde.
Todas as denúncias podem ser verificadas na GOGSP, no processo número 8205de 2005 em nome de Romilda Kalil, diretora da EE Prof. David Eugênio dos Santos, DE Norte 2 da Capital.
Nesse processo poderão confirmar os depoimentos dados por pessoas que só se dispuseram a falar porque estavam de saída da escola (removidas), isso foi deixado bem claro nos relatos feitos, outros dizem que, se ela sair definitivamente, aí sim poderão falar sem correr riscos.
Pedimos a compreensão da Excelentíssima para que nos ajude nessa causa em prol da melhoria da escola pública. Que o caso seja apurado desde o Dirigente Regional (Luiz Candido), Supervisora de Ensino (Sra. Marli, que estava a par de tudo, mas se omitiu), até às demais pessoas envolvidas.
Atenciosamente, agradecemos,
Pais, ex-alunos, alunos, funcionários e professores da EE Prof. David Eugênio dos Santos
Nota do EducaFórum: até o final do ano letivo de 2008 a diretora da EE continuava na escola.
Iniciamos com um documento protocolado na Secretaria da Educação do Estado de São Paulo em 10/10/2007.
ILMA. SRA. SECRETÁRIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DE S. PAULO
É com muita esperança que nós, pais, alunos e pessoas da comunidade da Vila Gustavo em São Paulo, localizada na zona norte da Capital, gostaríamos de fazer um pedido de avaliação a respeito da volta da diretora da E.E. David Eugênio dos Santos, a qual estava afastada por estar respondendo processo administrativo após sindicância feita na referida escola.
Desde sua posse como diretora, em julho de 2002, enfrentamos muitos problemas, como: maus tratos a pais, alunos, professoras e funcionárias. Pais que fizeram denúncias contra a escola tiveram que transferir seus filhos porque estavam sendo perseguidos pela diretora, pais colocados para fora da escola, professoras sendo ameaçadas e prejudicadas com falsas denúncias montadas pela diretora, vice e coordenadora pedagógica, policiais da PM (PROERD) que foram depor contra, sofreram pressão e seus depoimentos foram copiados e levados até seus comandantes, acidentes aconteceram sem esclarecimentos, houve ameaças de morte contra pais, alunas e professoras.
De setembro de 2005 a junho de 2006, a diretora esteve afastada junto à DE Norte 2, foi um período de sossego onde o diretor que assumiu manteve um bom relacionamento com todos, após essa data os problemas voltaram gradativamente.
Hoje estamos pior do que antes, pois a mesma continua perseguindo professoras, pais e funcionárias que foram depor contra ela, faz ameaças e se diz terrorista, berra com todos deixando o ambiente difícil de enfrentar, não tem educação e destrata todos.
Houve duas mortes durante a realização da sindicância: a mãe de aluna Edna que estava sendo acuada pela mesma e não quis depor a seu favor, foi perseguida até não aguentar e ter um derrame cerebral aos 36 anos de idade (2005), a outra foi a merendeira que após quinze dias do retorno da diretora, por se sentir pressionada, sofreu um enfarte fulminante dentro da escola (três dias antes havia falado sobre as pressões sofridas com a professora que está afastada), caindo morta (2006). No dia 6 de setembro, após um pai da APM questioná-la sobre problemas na escola, ele foi levado à sala da diretora, que o atendeu com descaso, debochando e destratando-o, o mesmo passou mal logo após e teve um princípio de enfarte.
Há dois anos os alunos não têm o projeto PROERD ministrado pela PM, isto porque a diretora não o aceita, tirando o direito dessas crianças de serem informadas a respeito de drogas, ela continua fumando dentro da escola, deixando um ar contaminado pelo seu vício.
Muitas ocorrências estranhas ocorreram no decorrer da sua direção, além dos que já estão sendo apurados há outros como o sumiço do livro de visitas dos supervisores. Esse livro sumiu logo após serem feitas denúncias contra a supervisora Marli (DE Norte 2).
Houve duas sindicâncias realizadas, a primeira foi em meados de 2004, feitas pela DE Norte 2, na época do dirigente Luiz Candido, misteriosamente não comprovaram nada contra a direção (desvio de verbas da APM, cobrança de taxas para os alunos, cantina ilegal e sem contabilidade, fumo em prédio público, maus tratos a funcionários, entre outros). Mas por insistência dos pais fizeram a segunda diretamente na COGSP, só assim foram apurados os fatos resultando em processo administrativo contra essa senhora.
O que estranhamos é o tempo que demora em julgarem e resolverem esse problema. A cada dia que passa há mais ameaças deixando todos constrangidos, há professoras e funcionárias que se encontram afastadas de licença medida devido às ameaças feitas por ela, chegando a intimidá-las para não mais apontar problemas dentro da escola. As demais testemunhas, pais e funcionários estão com medo e falam até em não comparecer para depor (muitos ainda estão atuando na escola). Se ela fosse afastada definitivamente para outro setor, teríamos mais pessoas para confirmar as acusações, mas por medo elas se calam e sofrem. Outras pediram transferência ou se afastaram por problemas de saúde.
Todas as denúncias podem ser verificadas na GOGSP, no processo número 8205de 2005 em nome de Romilda Kalil, diretora da EE Prof. David Eugênio dos Santos, DE Norte 2 da Capital.
Nesse processo poderão confirmar os depoimentos dados por pessoas que só se dispuseram a falar porque estavam de saída da escola (removidas), isso foi deixado bem claro nos relatos feitos, outros dizem que, se ela sair definitivamente, aí sim poderão falar sem correr riscos.
Pedimos a compreensão da Excelentíssima para que nos ajude nessa causa em prol da melhoria da escola pública. Que o caso seja apurado desde o Dirigente Regional (Luiz Candido), Supervisora de Ensino (Sra. Marli, que estava a par de tudo, mas se omitiu), até às demais pessoas envolvidas.
Atenciosamente, agradecemos,
Pais, ex-alunos, alunos, funcionários e professores da EE Prof. David Eugênio dos Santos
Nota do EducaFórum: até o final do ano letivo de 2008 a diretora da EE continuava na escola.
Comentários
Ainda aguardamos o julgamento da Sra diretora da EE david e dos Santos, continuamos na mesma .As crianças que foram transferidas ainda apresentam sequelas devido aos maus tratos e frequentam escolas longe de suas casas, enquanto isso a diretora continua numa boa como se nada tivesse acontecido.
MEU DEUS QUANDO SERÁ QUE A SEE IRÁ ABRIR OS OLHOS PARA TUDO ISSO AÍ .
O pior de tudo é que a vice diretora está tomando as dores da diretora nos casos de abusos, só para não complica la ainda mais.
Estamos rezando para que a secretaria da educação enxergue esses casos.
Re 16/01/2009
Mas vocês precisam entender melhor a postura da vice diretora. Ela está se comportando da forma "correta" dentro do esquema: é corporativismo na cabeça! Aliás, não entendi o que significa "complicar" a diretora. Voce disse que ela está numa boa e deve estar mesmo! Essas cobras criadas não temem absolutamente nada e provavelmente não têm nada a temer. A única coisa que vocês precisam tomar cuidado é não deixar prescrever o processo. A única coisa que pode tirar esse caso do marasmo é um panelaço na frente da SEE.
Hoje ainda acontece muita coisa errada por lá , mas por ordem da diretora ninguem comenta o acontecido .Muitos pais não sabem que essa diretora responde processos e muitas vezes saem da escola aos berros e sem saber a quem recorrer.
Testemunhas já morreram , já se aposentaram , transferiram-se , mudaram de cidade , bairros e professoras foram para outras DEs para não serem mais perseguidas e até agora não houve um julgamento.
O tempo passa,mudou o governo , o secretario da educação , o chefão da COGSP e ...vários outros e soluçao para o caso , NENHUM .
ATÉ QUANDO AS AUTORIDADES QUE CUIDAM DA EDUCAÇÃO NESSE PAÍS ESTARÃO DORMINDO.
professora 18/01/2009
Ahh... não podemos esquecer q morreram 3 pessoas q muito sabiam sobre os fatos da EE David E dos Santos. ( perseguiçao , tortura psicologica, ameaças ,assédios e ...)a pressão foi demais e essas pessoas não aguentaram.( infarto, derrame...).Quantos mais morrerão???
É isso aí pai !!!
Precisa ser investigado.
Acordaaaaaaaaaaaaa governadorrrr.25/01/2009
Não esqueci o q esse SR disse na nossa reunião : Vou verificar os casos , aguardem .
Tamo até agora aguardando, dormi sentado no barulho desse lambe botas.Já se passaram 3 meses e nada dele se mexer.
É só mais um cabide de emprego na COGSP, sabemos q as ordens veem de cima.
Uma mafiaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.
E o caso do Lucas continua no mesmo , o povão só se ferrando.