Prof. Paulo Renato, Prof. José Benedito, isso é apuração preliminar???


Nos últimos dias enviamos diversos e-mails para o Prof. José Benedito da COGSP, mas não recebemos resposta. Acreditamos que ele não os tenha recebido, pois costuma ser muito solícito. Também deixamos recados, mas conhecemos bem sua assessoria...

Por isso, e devido à urgência deste assunto (os outros podem esperar), publicamos trechos de uma longa mensagem que recebemos da mesma aluna de Diadema que esteve conosco na COGSP em 15 de outubro, relatando os constrangimentos e abuso moral de que tem sido vítima na escola. No dia seguinte à reunião, a aluna ficou com a impressão de que passaria a ser tratada de forma mais decente pela diretora, mas logo tudo voltou "ao normal", como temos informado nas mensagens enviadas e não respondidas pelo Prof. José Benedito.

Na quarta-feira a aluna recebeu uma ligação do coordenador Vagner, da EE Aparecida Donizete de Paula, onde estuda à noite, dizendo que a supervisora de ensino Maria Socorro Diógenes a convocou para uma reunião que foi realizada ontem na EE Prof. Roberto F Monte, às 9:00 da manhã, em Diadema, quando a aluna teve que faltar ao trabalho.

Supomos que se trate de algo parecido com uma "apuração preliminar", pela truculência com que a reunião foi conduzida pela supervisora. Estavam presentes à reunião mais duas senhoras que não foram identificadas. Finalmente obtivemos detalhes de como funcionam essas CAIXAS PRETAS que são os processos administrativos da Secretaria da Educação. E isso só foi possível porque a aluna interrogada, apesar de estar no primeiro ano do Ensino Médio, sabe se expressar muito bem. Ela relatou que foi obrigada a assinar um documento em que suas respostas foram distorcidas e do qual lhe foi negada a cópia. Queremos saber da Secretaria da Educação: apuração preliminar é isso aí???


Pergunta da supervisora para a aluna:
O seu endereço está errado. Constam duas numerações?

Resposta:
Não sei, devo ter me confundido.

Pergunta:
Por que você passou endereço errado?

Resposta:
Não passei endereço errado, apenas me confundi.

(Por varias vezes insistiram nesse assunto, insinuando que eu havia mentido.)

Pergunta:
Você concorda que o aluno use drogas, ande com armas de fogo ou armas brancas?

Resposta:
Estamos em uma escola ou numa delegacia? É desta maneira que o jovem deve ser recebido pela escola da sua comunidade?

Pergunta:
Você não viu no regulamento interno que tem que usar o uniforme?

Resposta:
Sim, eu vi.

(Nesse momento mencionei a lei 3.913 e disse que havia conversado sobre esse assunto na SECRETARIA DA EDUCAÇÃO, então perguntei: já que existe lei estadual, ainda assim a norma prevalece? Então a supervisora respondeu que existe um regimento interno de 1998, do qual "com certeza" o Professor José Benedito não teria conhecimento e disse:

“Porque filha! o José Benedito esta lá em cima cuidando de outras ações mais importantes, ele não tem mesmo que saber sobre regimento interno, ele faz a pose dele e só”.

A Senhora MARIA SOCORRO DIÓGENES não estava disposta a conversar ou esclarecer, ela queria fazer perguntas e obter respostas sem fundamento, queria que eu me comportasse como um ser que não pensa. Ela perguntou apenas sobre o que interessava a ela.)

Pergunta:
Você já conhecia o Professor Jose Benedito?

Resposta:
Não, senhora

Pergunta:
O que ele disse a você?

Resposta:
Não havia muito a dizer, já que eu havia relatado CONSTRANGIMENTO, PERSEGUIÇÃO... HUMILHAÇÃO, conversamos sobre DIREITOS e de uma forma direta, porém educada, sobre DEVERES.

Pergunta:
Como você chegou a ele?

Resposta:
Quando ocorreu o primeiro desatino da DIRETORA eu busquei pelo GOOGLE (direito de alunos) e encontrei o EducaFórum.

Pergunta:
Quem te atendeu no EducaFórum?

Resposta:
Senhora Giulia

Pergunta:
Por que você esteve na DIRETORIA DE ENSINO DE DIADEMA e logo após foi até a SECRETARIA DA EDUCAÇÃO?

Resposta:
Quando sofremos por abuso de poder, perseguição, constrangimento e humilhação, temos uma grande necessidade de retorno e rápido.

Então a supervisora disse: "Serviço público não é assim não, filha, tem que esperar!"

Quando comentei que o Senhor José Benedito havia ligado para a supervisora Carmem e orientado que ela me acompanhasse até a escola para possíveis esclarecimentos com a diretora, ela disse: "Eu não estava sabendo disso, então você conversou com dona Maria Carmem?"

Respondi:
Sim, inclusive a Senhora MARIA CARMEM disse que estava orgulhosa e que eu deveria seguir em frente, fazer valer os meus direitos, e que não era a primeira vez que recebia reclamações referentes aos desatinos da diretora, porém estava de mãos atadas, pois as pessoas não concluíam as reclamações e sem provas era difícil. Inclusive me orientou a procurar as autoridades, ir ao fórum, caso a diretora continuasse a me destratar.

(O que achei interessante é que quando eu fazia alguma pergunta à supervisora a resposta era curta e grossa, ou então ela dizia: "Isso é um problema interno, não entra no processo.")

Os seguintes itens não foram abordados durante a reunião:

I - cobrar taxa de matrícula - Taxa cobrada ilegalmente dos alunos na escola.

III - locar dependências do prédio, no todo ou em parte - Vender camisetas dentro da escola, o que é proibido por lei.

V - instituir o uso obrigatório de uniforme - Sobre este assunto ela fez questão de dizer que existe o regimento interno desde 1998, que porém não pode ser sobreposto a uma lei.

A supervisora também não falou sobre a Lei complementar 444 de 27 de dezembro de 1985:

Artigo 63 – O integrante do Quadro do Magistério tem o dever constante de considerar a relevância social de suas atribuições, mantendo conduta moral e funcional adequada à dignidade profissional, em razão da qual, além das obrigações previstas em outras normas, deverá:
I – conhecer e respeitar as leis;
III – empenhar-se em prol do desenvolvimento do aluno, utilizando processos que acompanhem o progresso científico da educação
IX – respeitar o aluno como sujeito do processo educativo e comprometer-se com eficácia de seu aprendizado

Pedi uma copia do documento que tive que assinar em duas vias e essa foi a resposta da supervisora Maria Socorro Diógenes: “Não! você não irá receber cópia nenhuma, isso aqui é um documento que vai para a Secretaria, não é para ficar voando por aí”.

Resumindo, recebi uma notificação para comparecer na EE PROF ROBERTO F MONTE, onde supostamente ocorreria um entendimento, porem fui bombardeada por perguntas descabidas que fugiam do foco e acabei me sentindo em um julgamento, onde a sentença já havia sido dada: EU ERA CULPADA!

Comentários

Será que existe a possibilidade de ainda acreditarmos em uma reestruturação ética na Secretaria de Estado da Educação?
Senhores e Senhoras, penso que é natimorto esse sonho - infelizmente.
Unknown disse…
Quero parabenizar a Luciana, por sua coragem em denunciar os desmandos e o assédio sofrido,na EE Ap. Donizete de Paula em Diadema. Anos atrás,trabalhei lá, como professora e, tb sofri assédio moral por parte da mesma direção. Denuncie, tive um começo de síndrome do pânico, o caso foi abafado e, eu sai da escola por meio da remoção. Hoje, não faço mais parte do serviço público estadual e este fato contribuiu muito para esta decisão. Já houve muitos casos, iguais aos nossos e até piores, porém a maioria das vítimas se calam...tb há muitas denúncias ...que não deram em nada. Por que? Quantas mais pessoas precisarão ser humilhadas e intimidadas, para que o orgão público estadual tome uma providência, definitiva, a respeito desta funcionária? Já que denúncias não faltam... Ainda, como vc Luciana, espero, até hoje, por justiça!
Anônimo disse…
Hummmm.... democracia??? Somente os comentários que são a favor das suas teorias são aceitos?
Giulia disse…
Não, anônimo, todos os comentários ASSINADOS e bem educados são publicados.