A escola que deseduca V - A diretora mentirosa

Quando se fala de um engenheiro ou um médico que provocam algum acidente ou crime, a notícia é amplamente divulgada na mídia, pois a sociedade se preocupa em evitar casos futuros. No entanto, quando o crime é cometido por algum profissional do ensino, a opinião pública varia entre a incredulidade e a apatia. O caso que trouxemos outro dia, por exemplo, foi comentado com descaso e ironia, já que - afinal - a criança levou "apenas" dois pontos na cabeça devido ao ferimento causado por esse esporte tradicional praticado nas escolas públicas: o "lançamento do apagador".

Outro caso, na minha opinião até mais grave, também passou batido: assista o vídeo abaixo, relatando a situação de uma aluna de 10 anos que foi chamada de "retardada" pela professora.



Não que eu ache mais grave um insulto do que uma agressão física, embora possa às vezes deixar marcas mais profundas. Mas não é disso que se trata, aqui.

A extrema gravidade desse fato está no seguinte:

  • A própria mãe da aluna precisou pedir para a criança gravar a fala da professora, para ter certeza e/ou poder documentar a agressão, pois a escola nunca admite as falhas ou crimes de seus profissionais. Entretanto, ao pedir para a filha fazer a gravação, essa mãe colocou a criança em situação de risco, caso fosse descoberta.
  • A professora foi extremamente cínica com a aluna, negando que a tivesse chamado de retardada e alegando ter "apenas" falado que em certas horas ela "parecia retardada e que tinha problemas na cabeça"...
  • Sem saber que estava sendo gravada, a diretora da escola foi ainda mais cínica do que a professora e mentiu covardemente, culpando a menina de ter instigado a professora a falar "o que bem entendesse", a mando da mãe... No fim de sua fala, a diretora alega que a aluna é "problemática", sendo essa a justificativa dada pelas escolas para desculpar 100% dos seus desmandos pedagógicos: a culpa é sempre do aluno.
  • A menina se recusa a voltar para a escola. Isso acontece especialmente com as crianças mais inteligentes, que se recusam a virar massa de manobra. Mais uma vez, a escola consegue afastar uma aluna com duas características raras: coragem e liderança.

Veja que essa situação é rotineira e ocorre com a mesma frequência na rede particular, conforme essa outra denúncia que recebemos e já comentamos aqui.

Ah, por favor, alguém me avise quando essa matéria for ao ar no Fantástico, tá legal?kkkkkkkkkkkk

Comentários

Giulia,

Você reparou que a reportagem não fala o nome da escola e nem se ela é municipal ou estadual?
Giulia disse…
Normal, né?... Ah, não esquece de me avisar quando a matéria sair no Fantástico, táaaaaaa? rsrsrs
Giulia disse…
Mauro, eu não tinha reparado: fala o nome da escola, sim. É a EE Maria da Conceição Oliveira Costa, em Itaquera. Vamos cobrar do José Benedito.
Giulia,
A TV Recor não diz o nome da escola no "resumo da reportagem". É necessário ouvir a reportagem até quase o fim. Sem o "nome da escola", fica impossível a gente encontrar a reportagem via google, por ecxemplo.
MInha sugestão é que você coloque o nome da escola no próprio artigo ou em uma "tag".
Giulia disse…
Adoro comentários impublicáveis, pois eles mostram a falta de educação de quem os escreve, quase sempre profissionais da "educação". Costumo deletá-los, mas eles me provam a importância do nosso trabalho aqui. Um deles, cheio de impropérios, fez aliás um questionamento que preciso comentar. O "anônimo" de plantão (eles nunca assinam seus palavrões) coloca que EU MESMA estou xingando os alunos, ao chamá-los de "massa de manobra". Ora, vocês ouviram a professora perguntar para os alunos se ela havia chamado alguém de "retardada"? Qual foi a resposta da classe?... NÃÃÃÃO!
É assim que começa a manipulação de cérebros infantis! Outro caso que ocorreu com uma minha vizinha e já relatei aqui: ela foi se queixar de uma professora junto à direção da escola e no dia seguinte a professora fez um discurso para toda a classe. Ela pretendeu e conseguiu atingir o aluno filho dessa mãe, que chegou em casa aos prantos, relatando os fatos e a fala da professora: "A mãe de alguém daqui foi reclamar com a diretora que eu não sou uma boa professora. Vocês acham que essa mãe está certa?". Resposta da classe: NÃÃÃÃÃÃO!
A professora continuou: "Então, essa mãe merece morrer?". Resposta da classe: SIIIM!
A professora continuou repetindo a pergunta para a classe (e os alunos respondendo SIIIM) até que o menino começou a chorar, depois parou. O que acham desse caso? Parece ficção, não é? Mas ocorreu numa das escolas onde meus filhos estudaram, com uma criança que eu vi crescer. Escola pública "de classe média", onde toma-se cuidado em não "mexer" com os alunos cujos pais são mais escolarizados, mas trata-se como ralé os alunos filhos de pessoas mais humildes. No caso, a mãe desse menino era faxineira de uma das moradoras do prédio ao lado da minha casa... Deu para entender?
Giulia disse…
Mauro, pela tranquilidade mostrada pela diretora estou achando que essa mãe vai levar um processo nas costas... Temos que ser firmes com o José Benedito para isso não acontecer, senão vira outra Imperatriz dona Amélia!