O ensino sem preconceito




"Toda vez que o professor escuta e aceita seu aluno sem preconceito, este se abre para a aprendizagem." Juan Casassus

Mais uma entrevista interessante que a nossa amiga professora Glória Reis escarafunchou na Nova Escola, sem dúvida a publicação mais lida do país na área educacional, mas, infelizmente, asséptica e politicamente correta demais para "dar nome aos bois" e encaminhar mudanças significativas na educação.

Essa entrevista é de 2008 e não perdeu a atualidade, pelo menos aqui em terra tupiniquim. O entrevistado não é um brasileiro, é o filósofo chileno Juan Casassus. Alguns pseudo-educadores brasileiros que "leram" a entrevista, para variar, não entenderam nada e acham que ela vem reforçar a ideia surrada de que a função do professor é "dar carinho" ao aluno.

Recomendo ler a entrevista na íntegra: é longa, mas vale a pena. Aliás, quem não lê um texto até o final não pode opinar sobre ele. Obóvio? Auraite? rsrs


Segue apenas um trecho, para aguçar o interesse:

Atualmente, como as escolas têm lidado com as emoções?
CASASSUS Mal, porque herdaram um modelo antigo de instituição de ensino. No século 19, quando os sistemas educativos nacionais foram criados, predominava uma visão racionalista do ser humano. Tudo que tivesse a ver com corpo e emoções tinha de ser afastado porque ia contra o desenvolvimento da faculdade superior de raciocinar, vista como o caminho do progresso e da felicidade. O resultado disso foi a criação de uma organização antiemocional, onde prevalecem as humilhações, as comparações, os juízos de valor e as desqualificações. O resultado é uma escola indisciplinada e violenta.

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