Escolas que não ensinam e expulsam




Esta é a íntegra do vídeo comentado no texto abaixo, do qual havíamos postado apenas uma parte.

Aqui, você vai ver também a "muvuca" ocorrida na EE Alarico Silveira, essa escolinha de 1,62 no Ensino Médio (Índice de qualidade IDESP 2010), onde a diretora grita como uma gralha e a funcionária da secretaria "orienta" os alunos sobre a roupa "mais adequada" para o ambiente escolar. Ela diz que "na rua ela anda pelada", mas a escola é um lugar "onde você tem que respeitar"...

Que escola é essa??? Que mentalidade é essa, que precisaria passar por uma análise psicoterapêutica urgente? Afinal, pagamos os nossos impostos para que a Secretaria da Educação contrate mulheres mal resolvidas em sua vida sexual, que julgam e condenam adolescentes por usarem roupas que elas consideram "sexy"?! E ainda nos impingem diariamente o bordão "a educação vem de casa"?!

As escolas desta reportagem e da anterior são aquelas que não ensinam (veja o índice IDESP das 7 escolas comentadas clicando aqui) e ainda por cima interferem negativamente na educação que os alunos recebem em casa.

A Secretaria da Educação informa para a reportagem que já "substituiu a diretora da escola". Iniciativa louvável, em uma rede que costuma demorar anos para dispensar maus funcionários, após intermináveis apurações e processos administrativos. É a segunda vez que parabenizamos a SEE esta semana: a primeira, por declarar que o aluno não pode ser impedido de assistir aula por questões de vestimenta, a segunda por substituir a diretora da EE Alarico Silveira. Ficamos porém com os dois pés atrás, pois sabemos que os maus profissionais, essas ervas daninhas que infestam a rede de ensino, costumam ser apenas remanejados até a poeira baixar e depois voltam a seus postos ou até são promovidos, principalmente quando são bons cabos eleitorais... Isso, porque a mídia brasileira não dá a mínima para o que acontece diariamente nas escolas públicas. Depois de uma reportagem como essa, o mesmo canal de comunicação deveria dar continuidade à investigação, checando se outras escolas cometem os mesmos crimes (sim, trata-se de crimes, está difícil de entender?) e, principalmente, se as escolas denunciadas, após algum tempo, voltam à prática antiga. Mas isso nunca ocorre, pois filho de jornalista estuda na rede particular.

Então, mais uma vez, fica evidente o apartheid educacional que existe no país, fomentado pela indiferença dos formadores de opinião com respeito aos cidadãos menos favorecidos e, principalmente, pelo lobby da rede particular, que atua fortemente sobre as Diretorias de Ensino. Assim, o mesmo supervisor de ensino que visita as escolas públicas e as particulares de uma mesma região costuma "trabalhar" a favor da rede privada e contra a pública. Vemos então diariamente o fechamento de classes, turnos e até de escolas públicas, principalmente nos bairros de classe média e média alta. Palavra de uma mãe que viu a escola de seus filhos fechada e transformada em diretoria de ensino.

Comentários

Anônimo disse…
é ISSO AÍ, VAMOS DEIXAR OS ALUNOS SE VESTIOR DO JEITO QUE QUEREM, SER IMPUNES NO QUE FAZEM. sE O ECA FOSSE BOM, NÃO TERÍAMOS TANTOS JOVENS TÃO PERDIDOS, MAS QUE SABEM BEM OS SEUS DIREITOS... ENGRAÇADO VER COMO MUITOS QUE OPINAM, NÃO ESTÃO REALMENTE TRABALHANDO DENTRO DO ESPAÇO ESCOLAR. mUITAS VEZES, NEM GOSTAM DE OUVIR ESSA VERDADE, A DE QUE ACHAM QUE SABEM ALGO, QUE NÃO SABEM NADA. pOR CONTA DISSO, DUVIDO ATÉ QUE MEU COMENTÁRIO SEJA PUBLICADO.
Giulia disse…
Anônimo, publicamos seu comentário. Está satisfeito?