20 anos após o massacre do Carandiru, vemos as prisões tão lotadas quanto naquela época. Nossos jovens presos por qualquer motivo banal e misturados com presos perigosos. O que poderão aprender numa cadeia? Que nunca mais terão a chance de se reintegrar à sociedade, aquela chance que já lhes foi tolhida quando foram expulsos da escola?
Veja como a situação é delicada:
"O país tem a quarta maior população carcerária do mundo. São mais de 500 mil presos, literalmente espremidos num complexo penal em que há um crônico déficit de 200 mil vagas. É uma equação perversa: aplicados na prática, estes números se traduzem numa desumana taxa de ocupação de 1,65 preso por vaga (relação que, na América do Sul, só é superada pela Bolívia, com 1,66).
Em algumas unidades a média explode: no presídio Aníbal Bruno (PE) vai a 3,6 detentos por vaga, e no complexo de Pinheiros (SP) a taxa alcança 2,9. No Presídio Central de Porto Alegre chega a 2,2, a mesma relação presos/vaga do Carandiru à época do massacre de 111 presos, em 1992."
Fonte: O Globo
O que as autoridades estão esperando? O que elas construíram durante esses 20 anos? Será necessária uma outra tragédia para que finalmente alguém acabe com essa vergonha internacional que é o nosso sistema carcerário?
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