Mãe de Itajubá foi à luta!

Recebemos uma nova mensagem da Mãe de Itajubá, com boas novidades sobre sua luta para defender a filha de uma professora desequilibrada.
Muito boa sorte, Mãe de Itajubá! O Brasil inteiro está acompanhando e torcendo por você.
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"Finalmente a professora de minha filha foi afastada da sala de aula para que o Ministério Público apure as denúncias.
Acredito que a pressão da imprensa e os contatos com a Procuradoria Federal que meu advogado fez ajudaram para que ele tomasse esta atitude. Ainda não posso comemorar vitória total porque a apuração apenas começou e não sei onde vai dar, mas que estou mais leve por não levar minha filha todos os dias para a convivência com aquela desequilibrada, isto é inegável.
O advogado ainda estuda a possibilidade de entrar com ação por danos morais. Outros casos têm aparecido relacionados à mesma pessoa e precisam ser apurados. São provas de treze anos atrás, de maus-tratos conta alunos feitos por essa professora. Estamos colhendo depoimentos.
Embora hoje tenhamos tido mais um embate: o sindicato dos servidores públicos municipais posicionou-se a favor da professora e a diretoria da escola começou a passar um abaixo-assinado pedindo sua volta (!) Tivemos hora e meia de conversa com a direção da escola tentando mostrar a ela o absurdo deste posicionamento."

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Leia a denúncia da Mãe de Itajubá, postada no dia 9/09/2005

Comentários

Anônimo disse…
Mãe de Itajubá, mesmo que você ainda não tenha conseguido uma vitória final, você deu um grande exemplo de como se pode solucionar um assunto "tabu" como é a violência do professor em sala de aula. Ao mesmo tempo, você mostrou como é difícil e trabalhoso mostrar essa realidade para quem não quer ver ou se faz de cego. Se você maltratar sua filha em casa, qualquer vizinho pode denunciar você, mas dentro de uma escola, mesmo que a agressão aconteça às vistas de todos, o corpo docente em bloco se omite, a direção da escola procura colocar panos quentes e as autoridades da educação empurram o processo administrativo para o ano seguinte, na quase certeza de que os pais pedirão a transferência do aluno para outra escola. Sim, pois ninguém é maluco de deixar seu filho na mão de um professor desequilibrado e ainda por cima "ferido". Continue mandando notícias e boa sorte! Aliás, como é triste precisar de "sorte" para fazer valer os direitos de uma criança e evitar que seja traumatizada dentro da escola, justamente por aqueles que deveriam zelar por seu desenvolvimento...
Anônimo disse…
Gente, como é cansativo nadar contra a maré!
A maré é deixar como está para ver como é que fica; é se satisfazer com a mediocridade; é arranjar sempre mil coisas a fazer que impedem de tirar alguns minutos para saber das autoridades se estão tomando providências ou não, e por aí vai!
Este desabafo é a maneira que arranjei para compartilhar a luta com vocês. Porque, infelizmente nós, brasileiros, cultivamos a cultura do homem cordial: reclamar, para quê? Não vai dar em nada mesmo. A gente se ajeita...
Na luta pelo direito de minha filha ser tratada com dignidade em classe, tomei contato com muitos pais que discordavam, sim, da postura da professora, mas não queriam se comprometer! Tive que lidar com o corporativismo de professores e a própria coordenadora pedagógica defendendo a atitude de "severidade adotada, porque isto, sim, é que educa!"
Incomodei muita gente, usei todos os meios de comunicação ao alcance e hoje posso comemorar porque até o final do ano minha filha está a salvo do tratamento humilhante que foi rotina em sala de aula durante os nove primeiros meses deste ano.
Pais conscientes, não se calem.
Não se contentem com a mediocridade.
Busquem apoio, não se envergonhem de defender o bem maior que é o acesso de seus filhos a uma educação de qualidade.
Na luta e na esperança,
Helem.