Do blog Leopoldina como ela é
Na Folha de São Paulo de 24/4, no artigo Educação: tentando sair do discurso, de José Aristodemo Pinotti, há um trecho que diz:
"O resultado do aprendizado é cada vez melhor nas escolas privadas, e pior nas públicas (Saeb). É difícil explicar esse abismo somente pelo que acontece dentro da escola (até os professores são os mesmos)."
Elementar meu caro Pinotti, pois nas escolas privadas os professores são trabalhadores como outros mortais, se não forem competentes e responsáveis ou não se esforçarem, perdem o emprego, enquanto nas escolas públicas eles têm imunidade total, podem abusar, fazer greve todos os anos, faltar, tirar infindáveis licenças, dar aulas insípidas, praticar maus-tratos com os alunos e não sofrem nem mesmo uma repreensão, porque as autoridades teimam em tratar professores como seres superiores, acima de qualquer suspeita. Como um sistema assim pode funcionar? O resultado só pode ser o que todos conhecemos: fracasso escolar.
Escrito por Glória
Comentários
Os professores da particular se empenham para dar o melhor do pedagógico, enquanto na pública os professores brigam para garantir o banho nas crianças.
Eu sempre trabalhei com crianças de dois anos e digo com certeza: ELES SÃO CAPAZES DE REALIZAR TRABALHOS MARAVILHOSOS.
Diferente do que eu ouço; que eles não sabem nada, não entendem nada e para que contar história para essa faixa etária?
O que os professores precisam entender é que o C.E.I. não é uma continuação da casa da criança, mas sim, atualmente faz parte da EDUCAÇÃO. Devemos deixar os velhos hábitos de acreditar que as crianças vão para a escola apenas para tomar banho, comer e dormir. Devemos vestir a camisa da aprendizagem e acreditar no potencial dessas crianças.
Argumentos como as mães não entendem nada,só aparecem no dia de receber o leite tem que ser exterminados. Onde eu trabalho as pessoas estão me criticando muito, pois eu quero levar o pedagogico para essas crianças e não o assistencialismo.É claro que cuido, alimento e dou banho, mas o pedagógico também tem que ser priorizado.
As perguntas que não querem calar: por que eu posso fazer pelo filho do rico e não posso fazer pelo filho do pobre? Por que o filho do rico entra as 8h na escola e fica sem alimentação até as 10h? Por que o filho do pobre na escola tem que ser alimentado de 3 em 3h e o filho do rico tem apenas uma refeição durante 5 horas de colégio?
Quando questiono isso a resposta é sempre a mesma: o filho do pobre vem aqui só para comer.
Quem disse? Como isso virou um estigma na rede pública? Quem disse que é a escola que tem que garantir a alimentação? Percebam como mudou o foco da escola pública. O que era para educar, agora é para alimentar.