Para os que ainda acreditam que a solução na educação está em privatizar o ensino, publicamos em nossa seção de textos a letra da música Estudo errado, de Gabriel o Pensador. Gabriel é um dos poucos cérebros pensantes neste País. Filho da jornalista Belisa Ribeiro (que se envolveu no governo Collor, argh!!), sempre estudou em escolas particulares, mas não se furtou ao convívio dos favelados vizinhos ao seu apartamento, no Rio de Janeiro. Como sabemos, no Rio basta atravessar uma rua para dar com a favela. A maioria dos que "moram bem" não se mistura com os favelados, considerados infelizmente todos marginais. Gabriel convidava os garotos da favela para jogar bola com ele na praia, aquele "lugar comum" onde todos são iguais. De lá para cá, através de seus raps, Gabriel deu voz ao favelado, ao inconformado, ao cidadão e também, de forma irônica, ao corrupto e ao "filhinho de papai". A música Estudo errado fala justamente de um garoto classe média, aluno de escola particular, que estuda apenas para passar de ano e satisfazer aos pais, no sentido de manter sua mesada e mordomias. Esse texto é um exemplo de como a escola, seja pública ou, neste caso, particular, é a "castradora das vocações", como dizia o saudoso Plínio Marcos. Nós, que acreditamos na escola pública como a forma de democratizar este país ainda mergulhado no autoritarismo, vemos na escola particular o principal instrumento de manutenção das distâncias sociais. Através da lavagem cerebral feita no aluno - ser sempre o melhor, o mais inteligente, o primeiro da classe - procura-se elitizar a sociedade e discriminar o "resto" da população. Curta Estudo errado e procure ouvir outras músicas de Gabriel o Pensador, como Astronauta, onde ele abandona a ironia para entrar num lirismo sensível e tocante.
Comentários
Ligamos os noticiarios só vemos mortes por nada ou balas perdidas achando quem não devria.
Vivemos em tempo que brincar na rua não é mais possivel como antigamente.Queremos fazer o que julgamos melhor para nossos pequenos.Ja que o governo não nos dá nem uma pontinha de crédito de segurança em colégio publico.
Ligamos os noticiarios só vemos mortes por nada ou balas perdidas achando quem não devria.
Vivemos em tempo que brincar na rua não é mais possivel como antigamente.Queremos fazer o que julgamos melhor para nossos pequenos.Ja que o governo não nos dá nem uma pontinha de crédito de segurança em colégio publico.