Sobre o post Hienas no escuro


Mauro Alves da Silva, do Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública http://www.geocities.com/coepdeolho, comenta a questão das perseguições e represálias contra os pais e alunos da rede pública que dão entrevistas à imprensa:

Essa preocupação é legítima. Lembramos que alguns casos denunciados da Escola Municipal Theodomiro Dias são exemplares: os alunos e os pais foram perseguidos e punidos. (Sobre este caso, voltaremos em breve).

Em vista disso, cabe a toda a imprensa acompanhar o desenrolar do caso, denunciando as eventuais perseguições que estes alunos venham sofrer. O Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública apóia totalmente os termos da reportagem. No Estado Democrático de Direito é inadmissível que tenhamos de esconder uma realidade e sonegar uma informação sob pretexto de que "agentes públicos possam punir ilegamente nossas crianças por terem feito declarações verdadeiras contra as escolas públicas". As autoridades educacionais e o Ministério Público devem ficar atentos à questão e punir os abusos das escolas.

Grande Mauro! Você usou as palavras certas: numa democracia é inadmissível esconder uma realidade por medo da punição. Isto mostra que o processo democrático ainda não está consolidado neste País, onde se permite que as Hienas ataquem os mais fracos.

Reforço meu apelo ao Estadão e aos outros meios de comunicação para proteger essas crianças. Como? Ficando por perto, prevenindo e denunciando os ataques das Hienas.

Comentários

Anônimo disse…
O que acontece é justamente o contrário: a imprensa se acuar diante da corporação... Lembram-se quando o Fantástico começou uma série de reportagens denunciando agressões dos professores na escola e, de repente, parou? Soube que foi pressão e até a grande Globo recuou... É como mexer com "vaca sagrada" na Índia.
Anônimo disse…
Sem dúvida! Por isso estranhei essa reportagem tão fora do padrão. Repetindo a velha afirmação de que "é impossível enganar a todos todo o tempo", sempre resta a esperança de que "alguém", "a qualquer hora", resolva fazer a diferença. A propósito, a Rosa Baptistella do Estadão, que era diferente dos demais repórteres, deixou o metier há muitos anos, acredito que enjoada do que tinha que passar. Uma vez ela foi bem clara: "Esta matéria não vai sair, a editoria não vai deixar passar"... E assim foi. Mesmo assim, naquela época a presença da mídia nas escolas era bem mais freqüente. Hoje já ficou muito rara: os editores resolveram que, já que não vai publicar mesmo, pra que desperdiçar a ida de um repórter para uma escola? E depois é muito "desgastante" para um jornalista ter que ouvir o "outro lado", o lado da Hiena, que não larga a presa por nada no mundo. Você leu as respostas dos secretários da educação a essa matéria no dia seguinte? Eu não publiquei no blog porque fiquei com ânsia de vômito.
Anônimo disse…
Não li, mas imagino... Gostaria de ler, vc tem o link?
Anônimo disse…
Não tenho o link aqui, só no trabalho. Te mando de lá. Mas você tem uns lances geniais, deveria registrar! Vaca sagrada, sensacional!!! Me permite o uso da "marca"?
Anônimo disse…
Use à vontade... É a melhor expressão para ilustrar esse fenômeno da escola intocável...