
Muito bem colocada pela Cremilda http://cremilda.blig.ig.com.br a questão da deficiência educacional nas escolas de São Paulo. Aliás, desde a saudosa gestão da Luiza Erundina, as escolas da Capital estão sofrendo nas mãos dos diversos prefeitos, sendo o resultado sempre o mesmo: péssima qualidade de ensino e nenhuma solução para os problemas. Vai aí o texto da Cremilda:
Sem fiscalização nas escolas, tanto faz colocar as crianças no "CEU", no "PARAÍSO" ou num galpão austero... Saiu o resultado da Prova Brasil e o comentário na Folha Online. Entre as 26 capitais, S. Paulo ficou no vergonhoso 21 lugar. Os CEUs (Centros Educacionais Unificados), escolas caríssimas - com piscina, teatro e quadra de esportes - e as escolas de lata tiverma o mesmo desempenho. Ou melhor: as duas foram ruim.Isso mostra que não adianta infraestrutura sem fiscalizar. Nos CEUs, as escolas onde a ex-prefeita (do PT) gastou 17 milhões cada uma, o desempenho também foi sofrível. Com a verba de cada um desses CEUs daria para construir 10 escolas normais... Sendo 21 CEUs, daria para construir 210 escolas... Minimizariam o problema da brutal falta de vagas em ensino fundamental e infantil. O salário dos professores em S. Paulo é um dos maiores do pais. Então, volto ao ponto principal: sem fiscalização nas escolas, tanto faz colocar as crianças no "CEU", "PARAÍSO" ou num galpão austero... Podemos até pagar salário milionário aos professores que não teremos aula de qualidade. Ainda vem gente dizer que é preciso investir na organização pedagógica (!?)... Ninguém responsabiliza o professor... ninguém para cobrar... A desculpa era falta de infraestrutura... o CEU tem tudo. A culpa era de todo mundo... menos do professor. Agora vem, de novo, uma desculpa abstrata: a culpa é da organização pedagógica... Sim, a culpa é de algo ou alguém inatingível... alguém sem rosto... Está muito clara a situação nas escolas de S. Paulo: enquanto não fiscalizarmos a escola, enquanto a impunidade for a tônica, não teremos escola de qualidade. A impunidade e a corrupção ditarão as regras; e essas regras, com certeza, não serão a favor de uma escola de qualidade. Essa situação beneficia a corporação.... os alunos que se danem. Enquanto a qualidade do ensino for nula, o país continuará assim: mergulhado no caos, na miséria e na desordem... Continuaremos sendo um miserável pais subdesenvolvido. Sem vontade politica e vergonha na cara, o Brasil vai continuar nessa situação de penúria e subserviência.
Cremilda Estella Teixeira
Comentários
"Qual é a principal política pública para os adolescentes e jovens em SP"?
1. Cultura e Lazer?;
2. Formação Técnica?; ou
3. Educação em tempo integral?
A Secretaria da Juventude tem um orçamento anual de R$ 75 milhões para programas de cultura, lazer e esportes...
O Centro Paula Souza, que inclui Fatecs (Faculdades de Tecnologia) e as Escolas Técnicas Estaduais de nível médio (ETEs) tem orçamento anual de R$ 250 milhões... são pouco mais de 100 escolas técnicas...
Se você pensou nas escolas de tempo integral, você quase acertou... Mas as 500 escolas do programa "Escola Integral" são pura enganação: "A principal reclamação nessas escolas é sobre as refeições. Em pelo menos três cidades - Lins, Marília e Mirassol - o MP e os pais constataram que não há refeitórios adequados e faltam até mesas e cadeiras para todas as crianças. Muitas são obrigadas a almoçar - com talheres e pratos de plástico - em pé, sentadas no chão ou espalhadas pelo pátio." (Jornal O Estado de São Paulo, 21/04/2006).
Na verdade, a prioridade do governo de São Paulo é gastar mais de R$ 1 bilhão ao ano para manter adolescentes e jovens na Universidade Paulista do Crime (formalmente conhecida como Febem-SP).
Mauro A. Silva - coordenador do Moviemnto Comunidade de Olho na Escola pùplica
Aqui temos uma proposta apolítica (no sentido de política partidária) e eu nem ia responder esse comentário na véspera da eleição... Mas foi demais, né?
Vera Vaz
95% dos universitários que buscam emprego na rede de livrarias Fnac são rejeitados devido ao baixo nível cultural. (A fonte dessa informação é um artigo de hoje da revista Exame http://portalexame.abril.uol.com.br/revista/exame/edicoes/0877/economia/m0111778.html)
Que pobreza!
Portanto o que eu espero para a Educação de TODOS os brasileiros não é igual ao que o Cervantes oferece e sim algo muito melhor e diferente disso!(e paga pelo poder público sem divisão por classes sociais desde a mais tenra idade!!!!)
Vera Vaz
Abraços
Rodrigo
Mas, Giulia, estou vindo aqui para mostrar para você (POR FAVOR, LEIA) mais um texto sobre o liberalismo (ou o neo, que é mais radical e "chic"). Desta vez é em português, só que de Prutugal. E está diretamente relacionado à educação, uma vez que o texto é de um jornal daquele país que analisa a educação européia como um todo.
Ah, Giulia, se tívessemos mais poder (político no caso) para fazermos mais pela educação pública, poderíamos pegar alguns exemplos daqueles países. O jornal é muito legal.
Leia este artigo, e veja porque os liberais (ou os neos, que são mais "chics" e radicais) estão pouco se ferrando para o ser humano. E ao virar as costas para o ser humano, também querem acabar com setores e serviços públicos importantíssimos para a população. Porque eles acreditam no darwinismo social: as espécies que não conseguem sobreviver devem ser eliminadas, o Estado não tem de ajudar.
Não, não é um jornal comunista, nem petista, tá? Aquele pt ali é porque é de Prutugal.
abraços
http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=4797
Abraços.
Esse "todo mundo" é gritante...Sem comentários, que ando sem paciência de tentar tirar leite da pedra.
Eu entendo isso como hipocrisia: os vereadores "de esquerda" nos davam atenção porque nos consideravam seus eleitores (trabalhadores!), mas não seus pares. Os "de direita" faziam o que era de se esperar, ou seja, nos ignoravam ou combatiam, porque segundo eles éramos movimento "das esquerdas"... Que tristeza!