Educador "Seiláoquê"


Estamos em um dilema. O anunciado prêmio "Educador Coragem" periga mudar de nome. Ô dúvida cruel! Resolvemos então pedir a colaboração de vocês para nos ajudar a encontrar um nome mais interessante, porque esse não nos agrada. A idéia é a seguinte: não queremos premiar o profissional mais qualificado ou mais competente. Estamos procurando o educador que enfrenta preconceitos, que arregaça as mangas e pratica a avaliação e a recuperação contínua, promovendo o aluno de fato e não de forma automática. É aquele que não usa métodos antipedagógicos e ilegais como a ameaça e a suspensão. Mas, principalmente, é o educador que se preocupa com o bem-estar do aluno na escola e procura evitar a evasão e a expulsão, mesmo enfrentando a corporação ou o Conselho de Escola. Educador Coragem nos parece apelativo. Educador Fera? Pode ser mal interpretado, embora seja uma expressão jovem e "descolada".

Aguardamos seu palpite e também sua indicação de algum educador. A Dona Osmarina não vale, tá, David! rs. A não ser que ela ainda esteja na ativa ou mesmo aposentada como a nossa amiga Glória, mas batalhando pelos alunos e pela comunidade.

Comentários

Anônimo disse…
Giulia, você leu lá no blog do Recomeço sobre um juiz diferente, que enfrenta a burocracia do Judiciário e tem várias sentenças "contra a lei" a favor da justiça? Inclusive uma famosa em que ele libertou uma jovem acusada de tráfico porque ela estava grávida? É uma sentença lindíssima, já publiquei no Recomeço. Entre os mais de 30 livros que escreveu tem um com o título: "Escritos de um jurista marginal". Pois é isso que as pessoas a favor da justiça, da igualdade, da fraternidade, da solidariedade, são. E é isso que os bons professores, os bons profissionais da educação, que ousam enfrentar o sistema, são: marginais. Estão à margem do estabelecido que é a indiferença, o descaso, a crueldade com os nossos alunos. Então, sugiro: "Educador Marginal". Pena que a palavra seja carregada de preconceitos e conotação pejorativa e, óbviamente, não poderá ser usada, mas que seria o ideal, seria. Tenho orgulho de ser marginal!
Anônimo disse…
Glória,

"Marginal" e "subvesivo" eram pessoas que não cumpriam aos ordens da ditadura militar.

Hoje, no Estado Democrático de Direito, "marginal" e "subversivo" são as autoridades públicas que não cumprem os princípios definidis na Constituição Federal.

Hoje, dez de dezembro, é o dia em que se comemora a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Mas, no Brasil, aluno de escola pública não é considerado ser humano.

"Considerando essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo Estado de Direito, para que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra tirania e a opressão"

Se for aluno de escola pública não pode se rebelar contr aa tirania e a opressão, pois vai direto para a febe...

S. Paulo, 10/12/2006
Mauro
Comunidade de Olho na Escola Pública
Giulia disse…
Viva nóis, os marginais! Mas um dia seremos maioria, ah, se seremos!!
Mauro, você engoliu a palavra final do seu comentário, FEBEM. Vamos falar com todas as letras, porque esse nome logo vai mudar, daí as pessoas terão esquecido de vez o que significa: Fundação para o Bem-Estar do Menor. Pronto: é só arrumar um nome menos comprometedor, já dá pra continuar maltratando e torturando a bel prazer...
Vera Vaz disse…
O pior de tudo é pensar que nem uma escola de elite pra se espelhar nós temos! A que aí está forma mal tanto no sentido formal da Educação como no social e vivencial! Lá as crianças também são maltratadas, a arrogância dos professores é imensa, o descaso com a formação dos alunos é geral! (apesar dos altos preços cobrados os alunoa tem aula particular fora da escola pra aprender a decorar a matéria!)... Povo mal formado e elite ignorante e sem princípios éticos e morais é uma mistura explosiva! Só pode acabar em FERMAL!
Vera Vaz disse…
Ah...Quanto ao nome pensei em "O Educador Voador" (acho que foi influência de um certo porquinho da Melina - filha da Giulia - que voou alto e ganhou o Festival do Minuto - vale a pena ir lá ver no site do Festival)
Acho que o conceito de voar pode trazer boas reflexões do que esperamos de um educador...