Texto da professora Glória Reis


Nossa amiga Glória resolveu solidarizar-se com o EducaFórum após ler o comentário da professora que chamou nosso blog de "merda".

Agradecemos à Glória pelas suas colocações consistentes e objetivas. É isso que tanto falta neste país onde as pessoas não pensam com a própria cabeça e limitam-se a pertencer a uma "panela". Ser "contra" ou "a favor" de algo ou de alguém: esta é a verdadeira paixão nacional! Um país de Marias-vão-com-as-outras...
Quanto a xingamentos e linguajar de baixo nível, nada disso nos atinge. O que nos entristece é a mesmice dos comentários e a falta de conteúdo. Por outro lado, ficamos felizes de poder contar com o apoio de pessoas como a Glória, a Caroline, a Vera, a Cida, o Leandro, a Cremilda, o Mauro... Gente que retira a sujeira de baixo do tapete e aponta para verdadeiras soluções.
Ah! Assistam o vídeo apresentado no post "Mídia: nota zero!" e percebam que os alunos xingaram a professora somente no final da gravação, após terem sido tratados como gado dentro da escola. A professora Ana Maria reparou apenas na reação dos alunos. Por que será?...

Leiam o comentário que uma professora (e mineira, que vergonha!) deixou no blog EducaFórum, da Giulia Pierro, de São Paulo. Ressalto a grosseria, a falta de educação, a vulgaridade, a incapacidade de diálogo, a violência explícita. No trecho "APM, ECA e outras melecas", vê-se uma aberração: uma profissional da educação que chama uma Lei Federal de meleca, ou seja, que não respeita nem as leis do seu país. Leiam o texto da professora e constatem por que nossos alunos fracassam e são contaminados pela violência: aprendem nas escolas com professores desse nível.

"Olha Giulia, esse seu blog é verdadeiramente uma merda!
Totalmente à favor das "gracinhas" dos pobres aluninhos. É por causa de gente do seu tipo,da sua laia que defende esses marmanjos sem o que fazer, que estão na escola para tumultuar, é que as escolas estão do jeito que estão.E tendem a piorar.Quer dizer que o "barraco" de chamar a professora de química de "puta", em alto e bom som, para o mundo inteiro ver, não lhe dói sequer a consciência, pelo contrário, é mola propulsora para você continuar com essa sua conversinha fiada de APM, ECA e outras melecas?
Por a culpa no governo? Claro é muito fácil. Você é que é uma desocupada e fica aí, pregando falácias e divulgando as barbaridades como certas. Noutras palavras estimulando o que é errado.Incentivando que alunos depreciem mesmo os seus professores.Vou denunciar isso aqui, e saiba, que vai chover de professores, que assim como eu, vivem essas situações e encontram pelo caminho pessoas que não querem ajudar e sim, depredar ainda mais a imagem do profissional da educação que já não tem ninguém que lhe exalte os pontos positivos.E pode mesmo deletar esse meu comentário...faça isso mesmo!...tô me lixando pra você e para esse seu grupinho de desocupados que não sabem nem porque o cabrito faz cocô redondo. Ou seja não entendem nem de cocô que dirá de educação. Passe muito mal. Hipócrita!"
Ana Maria Magalhães Professora de Escola Pública de Minas Gerais

Conclusão
Se em nosso país as leis fossem cumpridas, essa professora seria exonerada do serviço público, em cumprimento ao ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS, Art. 216, que estabelece os deveres do funcionário público:

IV - urbanidade;
V - lealdade às instituições constitucionais e administrativas a que servir;
VI - observância das normas legais e regulamentares;

Onde está a urbanidade no texto da professora acima? Esclareço à professora que não deve saber o que é "urbanidade": significa civilidade, cortesia, afabilidade (está no Aurélio).
Sobre item VI, eu pergunto: como a professora pode cumprir as normas legais se as considera uma meleca?

E para completar, a professora coloca crase em "a favor"...
Assim não dá, como ter bons alunos com professoras desse nível? Afinal, aprendizagem se dá, acima de tudo, pelo exemplo.
Professora Glória Reis, http://gloria.reis.blog.uol.com.br/

Comentários

Anônimo disse…
Creio que é útil ao debate sobre educação:

http://www.diegocasagrande.com.br/index.php?do=Wm14aGRtOXlKVE5FWVhKMGFXZHZjeVV5Tm1sa0pUTkVNell5TlRSTFFRPT1aeFAySg==

Fala da autonômia do homem.
Ricardo Rayol disse…
eheheheheheh problemas com invejosos?
Anônimo disse…
Adorei o destaque!Que MARAVILHA!!!
hahaha
Ou seja...n�o disse mentira, ou inverdade alguma, toquei na ferida de voc�s que logo se prontificaram a armar defesa!Isso mesmo! Se defendam...� s� o que sabem fazer.
Amei..Amei mesmo!
Virei destaque nesse bloguinho..."de merda"...claro!

Ana Maria Magalh�es
Professora de Escola P�blica de Minas Gerais

Ah... e t� me lixando tamb�m pra essa Gl�ria! Pra come�ar, o livro da dita cuja, (claro que tenho um em m�os), � outro que n�o deu IBOPE aqui em BH...por que ser�???hein? hein?
Anônimo disse…
"Escola: instituição da tortura"...
Um fiasco!
Conheci por intermédio de um amigo.
Lastimável os depoimentos que a autora faz como se fosse a melhor professora, como se desmandos só acontecessem em rede pública.
Acredito que ao invés de se preocuparem com erros de gramática e ortografia, os "mentores" desse espaço deveriam se preocupar, com o "por quê" de se sentirem tão perturbados com um comentário de uma professora.
Senhora Glória, você nunca cometeu um erro ortográfico ou gramatical?
Muita preocupação com a forma e esquecimento do conteúdo do comentário, que verdadeiramente procede.

Boa sorte a todos!
Anônimo disse…
Pessoas desse espaço...
Sinceramente, num país onde o professor ganha um salário de fome, precisa aguentar desaforo, agressão, humilhação dos alunos que estão inseridos num programa chamado "empurração automática", que têm direito a agredir professor, supervisor, diretor e até mesmo os pais, que o conselho os defende por serem menores, ainda precisamos sofrer desse tipo de "assédio moral virtual"?
Façam-me o favor, não me venham falar em punição para professor, nem de crase, vírgula, acento circunflexo nem de qualquer outra coisa, igual, parecida ou semelhante. Já estamos sendo punidos diuturnamente pela falta de estrutura das famílias que nunca assumem que seus filhos precisam de educação familiar como pré-requisito para uma educação escolar eficiente.
Não me venham falar de "nível" de professor nesses termos, vocês mesmos aqui no blog, postam erros que por vezes não são propositais e nem por isso são crucificados, pois o que importa é o conteúdo. Façam-nos a gentileza, revelem e reconheçam que o comentário da professora mineira apenas fez evidenciar atitudes patológicas que nossos alunos têm dentro da escola, que por tantas vezes os próprios pais desconhecem tal perfil dos filhos.
Onde vocês colocam a liberdade de expressão nesse espaço, visto que quem comenta contrariamente a vocês é exposto de maneira tão cruel?
Onde está o exemplo de vocês, já que acreditam que a educação se dá pelo exemplo? Detonando um professor, dois, vários, o corpo docente do país inteiro? É esse o exemplo, inclusive do vídeo, que postaram aqui?
Por que então não mostrarem propostas que estão dando certo ao invés de perderem tempo justificando o injustificável?
Momento de raiva? Todos temos...Mas e daí? Em quê isso contribui para a melhoria educacional de um país onde o presidente também não é um cidadão que teve oportunidades dentro da escola? E daí?
Anônimo disse…
Giulia,

Óbvio que a pessoa que assina Ana Maria é fraude e certamente não da aula, nem em Minas ou qualquer outro lugar. É homen, provavelmente sindicalista. Esse pessoal é tão simplesinho que nem personagem crível consegue inventar. Nada de novo.
Anônimo disse…
Aos que fizeram comentários maldosos aqui em cima.Por favor leiam a matéria do dia 12-09-2007.
Graças a Deus que tem todo esse pessoal para nos ajudar alunos e pais marginalizados nas escolas públicas desse país.
É por isso que a educação tá do geito que está.
Se eu fosse um EDUCADOR teria muita vergonha de fazer esse tipo de comentário.
Tem muito pai e mãe preocupados com seus filhos na escola,quando vai questionar a escola é o pior pai,a pior mãe da escola.OLHA! NÃO CHEGA PERTO DESSA MÃE...É BARRAQUEIRA.
OU,EU NÃO VOU PEGAR AQUELA SALA DE FORMA ALGUMA É DO FILHO DA MÃE BARRAQUEIRA, VIVE ENCHENDO O SACO NA ESCOLA,NÃO DEIXA AGENTE TRABALHAR SOSSEGADO.
VÊ SE ESSE PESSOAL FALA ISSO.
Giulia e demais.
Não liguem para esses tipo de comentários.O trabalho de vocês são maravilhosos aprendi muitas coisas com vocês,principalmente sobre leis,que muitas vezes você vai perguntar a um profissional de educação ele nem sabe o que é,fala que isso tipo de lei não existe.
Giulia disse…
Professor Olinto, acha que a gente expôe o professor de forma "cruel"? Ora, nosso blog foi chamado de "merda" e não ligamos a mínima! Não deletamos o comentário e ainda postamos o texto da
Glória Reis a respeito. Também nunca nos referimos a qualquer professor dessa forma tão indecorosa. Porque será que a liberdade de expressão dói tanto? Liberdade de expressão, sim! Não confundam a opinião dos leitores do blog com a nossa própria. As "donas" deste blog somos eu e a Vera Vaz. Os demais comentaristas são leitores, amigos e até "inimigos". Entendemos que democracia é permitir a livre expressão, agüentar as conseqüências e eventualmente aprender com as opiniões contrárias.
Anônimo disse…
É o que sempre achei, e é visível nos textos postados.
O Educaforum e colaboradores tem de medo de sindicalistas...bom, vá lá...a briga é dura mesmo!
Encontra-se aqui um seleto grupo de pessoas que tem, por algum motivo, o professor na mira!
Mais uma pergunta: por que será?
Antipatia gratuita?
Existem muitos profissionais errando por aí nas escolas mas, realmente Giulia, vale a pena ressaltá-los, mesmo que seja pra assediar moralmente? Vale? Tem algum retorno positivo pra vocês? Qual? Em que aspectos? Não existe para vocês um professor que faça a diferença? Nenhum? Nunca?
O blog foi chamado de merda?
Contestem...provem o contrário, arregacem as mangas.Não se nivelem...por baixo!
Agora, com toda sinceridade, essas ilustrações, entrevistas, textos, vídeos que vocês colocam por aqui, também não contribuem em nada
para a valorização da educação, pois sempre, sempre estão do lado de lá!
Se um blog que prega defender uma educação "pública", gratuita e de qualidade, só faz detonar o professor, como acreditar que sem o professor as coisas serão melhores? Quais são as suas propostas na ausência do inútil do professor em sala de aula? Pais assumirão a educação de seus filhos? Como? Eles trabalham o dia inteiro e nem em reuniões aparecem, pelo óbvio.
Será que sem o professor as coisas seriam melhores? Será que o professor é realmente um artigo de museu? Que tal comentar sobre isso? Que tal tirar o professor da berlinda mostrando lados positivos da escola? Aceita o desafio? Aceita a minha proposta? Ou vai cair na conversa fiada de quem só quer tumultuar?

Professor Décio Pimenta
Giulia disse…
"Professor" Décio, que papo furado!...
Anônimo disse…
Olha aí a falta de respeito!
Tá vendo?
Você e sua "gang" detestam professores!Basta a gente comentar e olha você caindo de pau e chamando propostas de papo furado.
Pensei que fosse engano dos outros professores quando até chamaram seu blog de "M..." Mas não é!
Que coisa feia dona Giulia...que feiura!Uma balzaquiana como você...
Faça-me o favor...Será que a vida ainda te ensina alguma coisa? Acho pouco provável!
Esse espaço aqui é mesmo só para os amiguinhos da senhora né?
Entendi seu recado!
Blog das comadres...e compadres. Ou seja de futilidades e afins...

Professor Décio Pimenta
Anônimo disse…
SOCORRO!
SÃO ESSAS PESSOAS QUE EDUCAM O FUTURO DO AMANHÃ.
Anônimo disse…
Não...Não...Não!
Quem educa ou deveria fazê-lo é a família. Que não dá conta nem dos seus problemas e fica se metendo a dar pitaco na escola.
O que oferecemos é educação escolar, ou seja um complemento apenas ao que o aluno já não traz de casa...por isso: CATÁSTROFE.
Anônimo disse…
So no Brasil mesmo que a educação não dá certo!
Muita gente pra dar palpite e poucos ou quase ninguém para agir.
E o outro lá pede socorro...hahaha
Anônimo disse…
O que me preocupa é o seguinte: tenho certeza de que quem escreveu aquela mensagem não foi a professora, tendo em vista a ignorância notável apresentada pelas pessoas que administram esse blog. Com certeza foi uma das coleguinhas da Giulia (se não for ela próprio) quem forjou a mensagem, alterando ou mesmo criando a mensagem toda! E quem paga o pato, ou melhor, as VACAS desse blog, é a professora!
Anônimo disse…
Se já não bastassem as políticas neoliberais que enxugam todos os recursos da Educação, superlotam as salas de aula, enxugam os salários até a beira da fome, uma nova onda apareceu na mídia escrita, a de atacar os profissionais da Educação, tanto de âmbito estadual quanto municipal e culpá-los por tudo de ruim que está acontecendo no Brasil, desde as baixas cifras que se formam nas Universidades, até o altíssimo número de analfabetos funcionais que assolam o Brasil. Soluções ninguém propõe, a nova onda é gritar na mídia, colocar todos na mesma panela e gritar em alto e bom som: "vagabundos".
Claro que isso se deve a esta abertura absurda que certos "educadores" deram aos leigos de dar palpite na área a qual não pertencem, como consultores do MEC e da CNE (economistas e advogados), para depois encabeçar o ataque à nossa cartegoria.
O engraçado é que nenhuma profissão dá este tipo de abertura. Ninguém chega até um médico durante uma operação e diz: "doutor, acho que o senhor deve cortar mais pra baixo"!
Por que na educação todos querem meter o bedelho?

Luciano Luckesi
Zé Costa disse…
Eita, que os nervos estão à flor da pele. (Usei corretamente o acento grave?)

Que o educafórum é um palanque para achincalhar o professor, não tenho dúvida. Mas, como o blog é um território livre, pode defender o que quiser, até alunos que espancam e desmoralizam o professor. O blog de merda foi mesmo um termo chulo, inadequado, mas a resposta, embora tenha mantido a boa educação, foi um tanto estúpida. A professora em questão não cometeu crime, manifestou-se como cidadã, não como funcionária pública.

De resto, achei muito bom o comentário das 23:23 que diz: "SOCORRO!
SÃO ESSAS PESSOAS QUE EDUCAM O FUTURO DO AMANHÃ.

Futuro do amanhã é ótimo. Esse blog diverte, às vezes.
Giulia disse…
CostaJr, quem tem os nervos à flor da pele são aqueles que não têm fatos concretos a relatar ou argumentos consistentes na discussão.
Não faça pouco caso de pessoas pouco instruídas, pois elas podem ser muito mais inteligentes do que certos PHDs.
A pessoa do comentário acima não sabe se expressar direito por escrito, mas oralmente articula seus pensamentos com muito mais propriedade do que muita gente que vem aqui encher lingüiça - não é o seu caso, rsrs. Um abraço!
Anônimo disse…
Caros Colegas Educadores,
Primeiramente, boa noite a todos. Gostaria de postar aqui minha humilde opinião: não caiamos em generalizações, isso é medíocre demais para nós, pessoas civilizadas. Existem bons, ótimos e pésssimos profissionais em todas as áreas. Todos temos direito a dizer o que pensa, mas sempre com respeito. Este Blog é muito democrático - e provou isto ao deixarem postados todos os comentários, mesmo os exacerbados -, e creio que os caros colegas que se exaltaram devem estar muito nervosos. Vejam bem, o blog nada mais faz que mostrar o outro lado - já que a mídia sempre está do lado dos professores-, os alunos também são vítimas do sistema. Existem péssimos profissionais que sujam nossa classe com suas atitudes ditatoriais, injustas e, por vezes, violentas. Todos (nós profissionais da educação) ganhamos pouco, somos desrespeitados e desvalorizados, mas devemos saber que entre nós e os alunos tem uma diferença: eles são seres em formação, nós somos agentes. As famílias estão desestruturadas, o governo também, não somos perfeitos e nem salvadores da pátria, mas se até nós caírmos de onde podemos esperar mudanças. Cada um dos colegas que postaram suas idéias tem sua parte de razão, só peço que tenhamos calma, sabedoria e critério ao expôr nossas opiniões, para evitar desgastes desnecessários. Respeitosamente.
Profª Fernanda
OBS.: Indico aos colegas um filme (vide sinopse) que é de nosso interesse.
Entre os Muros da Escola (francês)- Drama

Classificação: 12
Duração: 129 minutos

Baseado em livro homônimo de François Bégaudeau (também protagonista e co-roteirista), o filme relata as experiências de um professor de francês em uma escola de ensino médio na periferia de Paris. François e seus colegas professores se apoiam mutuamente para manter vivo o estímulo de dar a melhor educação a seus alunos. A sala de aula, um microcosmo da França contemporânea, testemunha os conflitos entre as diferentes culturas. François insiste numa atmosfera de respeito e dedicação. Sem agressividade, consegue sempre surpreender os estudantes com sua franqueza, mas sua ética será testada quando os alunos começarem a desafiar seus métodos.