Chega de fofoca!


Para acabar com o papo furado dos "anônimos" que defendem a omissão da Secretaria Municipal de Educação e da Coordenadoria de Ensino de São Mateus com respeito aos graves problemas que envolvem a EMEF Imperatriz Dona Amélia, publico as primeiras duas mensagens enviadas ao Secretário Alexandre Schneider, a primeira em 08/10, quando fui pessoalmente levar um grupo de pais de alunos para a SME e a segunda em 19/10, quando os pais pediram ajuda devido às represálias e perseguições já esperadas. A partir do dia 30/10 a situação agravou-se a tal ponto que algumas mães membros do Conselho estão sendo impedidas de entrar dentro da escola!
E o cúmulo do absurdo é um abaixo-assinado que circula na comunidade, pedindo o afastamento dessas mães do Conselho de Escola, com a MENTIRA de que a escola corre o risco de ser fechada por causa de suas denúncias! Senhores Pais de todas as escolas do Brasil, cuidado com essa história da carochinha: sempre que os diretores de escola sentem-se ameaçados por aqueles que enxergam sua incompetência ou corrupção, eles soltam a MENTIRA de que a escola vai ser fechada por causa das denúncias desses pais.
Resta esclarecer que a Ouvidoria do Município de São Paulo é uma verdadeira "surdoria", pior ainda que a estadual, pois o telefone de lá é absurdamente ocupado. Mais uma vez pedimos à SME que reative o Disk-Denúncias e que abra em seu site um canal de comunicação para os pais de alunos.
Quem não deve não teme!


São Paulo, 08/10/07

E d u c a F ó r u m
http://educaforum.blogspot.com/
Sr. Alexandre Alves Schneider
Secretário da Educação do Município de São Paulo

cópia para Sra. Hatsue Ito
Coordenadoria de Ensino de S. Mateus

Ref.: Graves denúncias sobre a EMEF Imperatriz Dona Amélia – São Mateus

Prezado Sr. Secretário,

Anexamos à presente cópia de documentação protocolada no dia 05/07/07 na Coordenadoria de Ensino de S. Mateus por pais de alunos da escola acima citada. Esses pais têm procurado conviver com os fatos gravíssimos relatados no documento, tentando sensibilizar a diretoria da escola para a necessidade de providências urgentes, sem obterem retorno. Os documentos não mereceram sequer resposta e desde então a situação se agravou, com ameaças e retaliações para os pais que encaminharam a denúncia, além da ocorrência de fatos novos extremamente graves, que relatamos a seguir. Em reunião do dia 15/09, na escola, a supervisora Solange afirmou que as queixas dos pais são "repetitivas", sem porém ter dado qualquer resposta a respeito das denúncias.

O último fato mais grave ocorrido na escola e que nos motivou a acompanhar os pais à Secretaria foi a exibição, no dia 27/09, de uma cópia pirata do filme Tropa de Elite, para uma turma de 6ª Série, pelo professor Ivan, de história. A exibição só foi interrompida devido a um problema do DVD. Sr. Secretário, veja a tremenda gravidade de se exibir um filme de ficção, proibido para 16 anos, para alunos de 11 - 12 anos, dentro de uma escola! E ainda por cima uma cópia pirata...

Outro fato gravíssimo ocorreu após a entrega da documentação anexa. Durante uma das inúmeras aulas vagas da escola, a funcionária readaptada Luciene tirou um sapato do pé de uma aluna para atirá-lo nas costas de outra criança. Essa pessoa não recebeu sequer uma advertência, aliás, após o fato foi redigido um abaixo-assinado para isentar a funcionária de qualquer responsabilidade. Esse documento foi entregue por uma criança (!) para a supervisora Solange. Muitas crianças assinaram sob intimidação, inclusive três meninas foram liberadas das aulas para ficarem correndo de sala em sala e coletarem a assinatura dos alunos. Sr. Secretário, esse caso é gravíssimo, pois vai além do crime de constrangimento ilegal – Art. 232 do ECA. Trata-se de manipulação de menores! O fato ocorreu no dia 15/08 e, no dia 28/08, uma professora foi até à casa do menino machucado pedir à mãe para assinar uma carta isentando a funcionária e a escola de qualquer responsabilidade, inclusive a criança foi "convidada" a mudar a versão dos fatos, dizendo que foi apenas uma brincadeira...

Sr. Secretário, vamos refletir: esse é o tipo de brincadeira que se faça dentro de uma escola?!
E, se fosse apenas uma brincadeira, haveria toda essa correria na tentativa de isentar a funcionária e a escola, manipulando crianças??? Além disso, Sr. Secretário, funcionário readaptado não pode ficar em sala de aula!
Um professor e o presidente do Conselho de Escola, além de alguns pais que viram a marca nas costas da criança, devida à agressão, passaram por mentirosos e encrenqueiros. Infelizmente, os pais do menino não tomaram a atitude correta de fazerem BO e exame de corpo de delito, aliás, isso é devido ao medo das constantes perseguições e represálias de que os alunos são vítimas dentro da escola. Em especial, estamos muito preocupados com os alunos filhos das pessoas que assinaram o documento entregue à Coordenadoria de Ensino. Elas temem pela integridade de seus filhos e queremos deixar bem claro que,a partir de agora, em qualquer situação de constrangimento ou agressão contra essas crianças, seja física, verbal ou emocional, o assunto será imediatamente levado à Promotoria da Infância e Juventude.

A escola apresenta um número absurdo de aulas vagas e muitas vezes os alunos são liberados fora do horário, sem o conhecimento dos pais. Entre os professores que mais faltam às aulas está a professora Ana, de matemática. Essa professora costuma chamar seus alunos de "vagabundos", "intelijudos", coloca-os no corredor com carteira e tudo. Ela fez cobrança da APM em sala de aula, discriminando as crianças que "pagaram" das que não haviam "pago", da seguinte forma: pediu que os alunos que já tinham pago a APM levantassem as mãos e os que não levantaram ouviram o seguinte: "Vocês têm dinheiro para comprarem balas, mas não pagam a APM." E acrescentou aos gritos: "Se eu vir vocês com balas, sem antes terem pago a APM, eu vou tomar as balas!!". Sr. Secretário, em primeiro lugar cobrança de APM é ILEGAL, em segundo lugar, essas crianças sofreram constrangimento e humilhação!

A direção da escola costuma repetir para os pais do Conselho que sua função é apenas aparecer às reuniões e concordar com as proposta colocadas. Após o envio do documento de 05/07 à Coordenadoria de Ensino, os próprios pais conselheiros não têm tido acesso ao livro de atas do Conselho, o que é absurdo. Pedimos que seja dada orientação para a direção da escola, no sentido de liberar imeditamente o acesso dos pais conselheiros ao livro de atas.

Outra queixa desses pais é com respeito às aulas de educação física, em que é habitual juntar duas turmas com um único professor ou até sem supervisão. Assim, é comum ver uma classe de 2ª Série jogando bola junto com uma de 5ª, uma classe de 3ª Série jogando com outra classe de 6ª etc. A preocupação dos pais é dupla: alunos maiores podem machucar os menores e além disso costuma faltar supervisão de professor na quadra. Os pais foram questionar essa prática e receberam a resposta de que trata-se de "proposta pedagógica". Eles solicitaram então participar das reuniões pedagógicas, como lhes garante o Art. 53ª do ECA, mas foram proibidos. A direção da escola alega que eles não têm formação para isso...

As irregularidades não param por aqui, por isso os pais farão uma visita à SME para relatar pessoalmente os demais desmandos. De imediato, pedimos especial proteção para os pais relatores dos fatos mencionados, bem como de seus filhos, pois, como já colocamos, eles então sendo objeto de perseguições e represálias.

Sr. Secretário, pedimos encarecidamente uma intervenção na EMEF Imperatriz Dona Amélia, que nos parece um péssimo modelo de escola pública. Esperamos estar contribuindo para a melhoria da rede municipal de ensino e solicitamos que seja reativado o Disk-Denúncias. O site da Secretaria precisa também disponibilizar um link para contato com os pais de alunos. Nós mesmos não conseguimos encontrar um e-mail válido e tivemos que ligar para a SME para solicitar o endereço eletrônico.

Confiamos na sua atuação imediata e ficamos à disposição para quaisquer dúvidas.
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São Paulo, 19/10/07

E d u c a F ó r u m

Sr. Alexandre Alves Schneider
Secretário da Educação do Município de São Paulo

Ref.: Graves denúncias sobre a EMEF Imperatriz Dona Amélia – São Mateus - 2º documento

Prezado Sr. Secretário,

Este é o segundo documento que lhe enviamos sobre a escola acima citada. O primeiro está copiado a esta mensagem. Durante a reunião que tivemos em seu gabinete em 08/10, com sua secretária, Sra. Cláudia Oliveira, junto com pais e alunos da escola, externamos a preocupação de que as denúncias relatadas poderiam provocar represálias para os pais e alunos envolvidos e obtivemos a promessa de que seriam tomadas providências imediatas para evitar esse fenômeno. Por este motivo vamos relatar aqui novos fatos que ocorreram desde então e vamos continuar mantendo este contato sempre que necessário:

No dia 16/10, a aluna ........, filha de uma das mães que estiveram na reunião da SME, foi procurada no banheiro, na presença de outras alunas, e violentamente empurrada pela professora Lúcia, de Educação Física, justamente uma dos dois professores que largam os alunos na quadra sem supervisão, dentro de um "projeto pedagógico" ainda não esclarecido para os pais. Aliás, aproveitamos para informar que os pais têm sim todo o direito de ter acesso aos projetos pedagógicos da escola, de acordo com o Parágrafo Único do Art. 53 do ECA, que aqui transcrevemos: É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.

No dia 18/10, essa mesma professora agrediu verbalmente o aluno ........, filho de uma das mães que assinaram o documento entregue à Coordenadoria de Ensino, na frente de toda a classe, da seguinte forma: "Você é mesmo um orelhão ambulante, bom para a sua mãe que não precisa gastar com interurbano". Esta atitude constitui constrangimento ilegal e fere o Art. 232 do ECA - É crime "submeter criança ou adolescente sob sua autoridade a vexame ou constrangimento" (Detenção de seis meses a dois anos).

No mesmo dia 18/10 as mães pediram o livro de ocorrência para registrarem esses atos e, enquanto estavam redigindo as queixas, a diretora da escola apareceu no refeitório, onde elas se encontravam. Sem dizer ao menos uma palavra ou pedir licença, a diretora fechou o livro de ocorrências e o levou embora, o que constitui abuso de autoridade, além de se tratar de uma atitude inadmissível dentro de um espaço pedagógico como é uma escola.
Sr. Secretário, pedimos que V.Sa. leia esta mensagem com seus próprios olhos e entenda porque é tão raro e difícil que pais de alunos da rede pública compareçam na SME para formalizar denúncias, como fizeram esses que acompanhamos no dia 08/10. Veja que foi a primeira vez que estivemos em seu gabinete durante sua gestão. Por favor, entenda que essas atitudes dos pais de alunos não costumam passar em branco! Eles costumam ser penalizados através de perseguições e represálias contra seus filhos, o que já está em curso e este é o motivo pelo qual estamos redigindo um 2º documento. Foi com o intuito de evitar esses problemas que em nosso 1º documento havíamos pedido sua intervenção imediata.

Os pais estão registrando essas mesmas ocorrências junto à Ouvidoria do Município, como foi sugerido pela sua secretária, Sra. Cláudia, voltamos porém a pedir suas providências imediatas para que os alunos filhos dos pais denunciantes sejam protegidos contra novas represálias. Solicitamos que a Apuração Preliminar seja imediatamente instaurada e que todas as denúncias formalizadas pelos pais de alunos sejam investigadas de forma transparente, sem causar maiores vexames e constrangimentos aos alunos. A prática usual nessa escola é confrontar e intimidar crianças e adolescentes. Entendemos que a prática correta é provocar o confronto e a acareação de adultos, sejam pais, professores, funcionários, diretores, supervisores ou coordenadores de ensino, de forma transparente, dentro do Conselho de Escola, sendo que o acesso ao livro de atas do Conselho está sendo até hoje negado aos pais, como já relatamos no 1º documento.

Ainda confiamos na sua atuação imediata e ficamos à disposição para quaisquer dúvidas.

Comentários

Anônimo disse…
INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS

Art. 245 : Deixar o médico, PROFESSOR ou RESPONSÁVEL pelo estabelecimento de atenção à saúde e de ENSINO FUNDAMENTAL, COMUNICAR à autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo SUSPEITA ou CONFIRMAÇÃO de MAUS TRATOS contra CRIANÇA ou adolescente...

Não é só a diretora que tem que ser responsabilizada pela agressão que sofreu essa criança, os professores também...não é isso ??

Cadê o Conselho Tutelar?????

Cadê os pais dessa criança????

Será que não tem ninguém nesse Brasil capaz de defender nossas crianças.

A lei existe pra todos nós e ela deve e tem que ser cumprida.

Que escola é essa????


Rubens de Falcon
Giulia disse…
Infelizmente, a lei brasileira OBRIGA os pais a matricular seus filhos numa escola incompetente, arrogante e omissa. A maioria não tem escolha, é obrigada a aceitar as migalhas que recebe e, quando se atreve a reclamar, corre o risco de ter seus filhos perseguidos, exatamente como está acontecendo com esses pais de São Mateus.
Uma vez tive um bate-boca com o eterno sindicalista Cláudio Fonseca e lhe disse que achava um absurdo a obrigatoriedade de freqüência a uma escola que não tem compromisso algum com o aluno, apenas com a corporação.
Quanto a esse caso de São Mateus, a Secretaria tomará providências apenas porque decidimos publicar o nome da escola no blog. Sabe aquela história do rei nu?...
A SME está careca de saber que na maioria das escolas ocorre esse tipo de irregularidades! Se houvesse vontade de resolver os problemas, teriam sido tomadas providências imediatamente após nossa visita e a diretora dessa escola não estaria à vontade para promover um abaixo assinado pedindo o afastamento desses pais do Conselho de Escola, contando AQUELA VELHA MENTIRA de que a escola vai ser fechada por causa deles...
Anônimo disse…
É lastimável ver que isso acontece com tanta frequência.

Geisa
Anônimo disse…
Giulia, vim matar a saudade e aproveito para agradecer os dois comentários postados no post da PAZ. Muito obrigado, amiga, é mesmo uma linda lição.
Desculpe minha ausência forçada, mas ando realmente atribulado e o pouco tempo livre tenho utilizado para postar. Bom, agora que concentrei os posts apenas no Wordpress terei mais tempo e não demoro a voltar aqui.
Bom Domingo!
Anônimo disse…
Sra. Giulia
Estando estabelecido e claro que o objetivo deste espaço é "ajudar" as mães dessa escola pública,aonde os filhos são constrangidos,
agredidos,mal-tratados,etc...,o caminho correto é a justiça,não acha?
Boletim de ocorrência/Preservação de Direitos sobre as agressões, irregularidades/constrangimentos ocorridos...Na Democracia e Estado de Direito que desejamos consolidar em nosso país,a quem acusa cabe o ônus da prova,pois não podemos mais repetir episódios como a "Escola Base",não é mesmo?
Falando ainda em Democracia e Estado de Direito,todas as suas colocações sobre a escola sentenciam "má gestão,negligência,incompetência,prática de
irregularidades,violencia contra alunos,etc...não seria coerente uma apuração isenta de todas essas denúncias? Se a SME,segundo V.Sa."não toma providências",aonde estão os encaminhamentos ao Conselho Tutelar,Ministério Público,aonde estão ajuizadas as ações pertinentes?Caso alguma dessas situações de fato ocorressem com meus filhos,caberia a SME a apuração e providências administrativas contra os responsaveis/envolvidos.As denúncias apresentadas,se comprovadas, versam sobre maus tratos,agressão,gestão fraudulenta,assédio moral,crime de responsabilidade fiscal,etc...crimes previstos no código penal,e que não cabem a SME julgar, neste âmbito.
Reitero que se fatos dessa gravidade,realmente ocorreram, que seja feita justiça na forma correta,e que os interessados,busquem os caminhos legitimos/democráticos para a garantia da preservação do direito dos alunos.Entendo ainda que a afirmação de que ocorrem tais fatos graves,sem os ncaminhamentos legais corretos,além de constituirem-se em omissão,denotam possível fragilidade na comprovação do afirmado, que sustenta-se apenas na versão dos acusadores,não sendo conhecida a "defesa" dos acusados.Isso não me parece muito democrático e nem o encaminhamento adequado para melhoria na qualidade do ensino,em especial do publico.Talvez a abertura deste espaço, de forma isenta e despojada de qualquer animosidade pessoal, para a manifestação dos acusados,vá significar avanço no relacionamento entre todos os envolvidos e melhorias no lar e escola destes alunos.
Anônimo disse…
Quero fazer uma denuncia sobre a professora Ana Maria que ensina no CEI colegi municipal dessa cidade.
maudosa e pervesa publica em um blogue de nome FENIX, o antigo RAUL da cidade de Ibiassucê-Ba, juntamente com ela muitos comparsas.
Um saite que denigre a moral do outro.
Vergonhoso!
serà que ainda é crime denigrir a imagem de um ser humano?
Ainda se fala em calunia e ma difamação? Qualquer informação a respeito ligue para a prefeitura da cidade e investigue, quem é ANA MARIA E Comparça (77)3465-2181 ou (77)3465-2100.
espero resultados, já mandei pro fantastico - rede Globo.