Educadora 1.000.000!


Nesta época negra da educação brasileira, alguns projetos fantásticos brilham tanto que... não aparecem, principalmente para uma classe docente preguiçosa e mimada por uma sociedade que aceita todas as suas manhas e passa por cima de sua indolência.

A professora Fátima Regina dos Reis Ribeiro (Glória, é sua parente???), de Itajubá, MG, desenvolveu com seus alunos de 4 (quatro!) anos um projeto de leitura e escrita DE BABAR! Leia o projeto inteiro aqui http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/pdf/0210/linguagem.pdf, vale a pena.

Fátima conseguiu a façanha de fazer seus alunos “reescrever”, em grupo, a história da Pequena Sereia, que ela levou para a sala de aula em cinco livros com ilustrações diferentes. Todos nós que já fomos crianças (alguém não foi, será?...) e que tivemos filhos sabemos o encanto que os livros ilustrados exercem sobre os pequenos. Essa professora soube despertar a tal ponto o interesse das crianças, que elas começaram a decifrar e reproduzir letras e palavras escritas. No final, acabaram produzindo um texto coletivo, compreendendo inclusive alguns princípios básicos que diferenciam a linguagem oral da escrita.
Parabéééééééns, professora Fátima! Certamente seus alunos nunca mais perderão o interesse pelo estudo. E tomara que seu exemplo seja seguido por mais alguns espécimes de dinossauros que infestam nossas escolas...

Um exemplo como esse serve para todos aqueles que encaram com desprezo e desdém a idéia de que as crianças possam aprender brincando. A idéia da brincadeira como uma atividade inferior surge em mentes estreitas e recalcadas, que também consideram as próprias crianças e adolescentes seres inferiores, quando não cidadãos de segunda classe. Brincar é o trabalho da criança e o adulto – principalmente o professor - teria muito a aprender, se se dignasse a olhar para ela com mais atenção. Me surpreendi muuuuuuito ao ler o último artigo de Gustavo Ioschpe na Veja, que desta vez “desrecomendo”, pois resvala nessa visão equivocada. O Gustavo precisa ler a revista Nova Escola, certamente a melhor publicação brasileira na área educacional, cuja qualidade é comprovada pela rejeição da classe docente, rsrs. Ah! Não venham dizer que “todos” os professores assinam a Nova Escola. Não seja por isso: uma pesquisa internacional aponta o Brasil como o campeão mundial dos best sellers comprados e não lidos. Viva: mais uma medalha de ouro!

Comentários

Anônimo disse…
O que é bem feito tem que ser reconhecido e enaltecido. Parabéns pela iniciativa.
Anônimo disse…
Bom Dia !!!!
Ouvi hoje a Cremilda falando na Rádio Cidade sobre o caso de espancamento sofrio na Lucas Rosquel....
O Pessoal está aflito....
A intenção era colocar paninhos quentes no caso.
A única coisa que faz a turma se mexer é divulgar os casos, que reunião não iria resolver não....
Estava tudo armadinho para repetir o caso lá da Octacilio cujo professor hoje é Coordenador Pedagógico da Adelaide Ferraz de Oliveira
Ia ser um repeteco, na cara dura.
Um repeteco do caso David Eugenio dos Santos
Ia acabar em nada, e vocês que fossem reclamar para o Bispo
Não desistam que tem muita gente
torcendo para vocês tambem.
Hoje foi um corre, corre danado lá na Sul 3 e a turma daqui (Cogesp)orientando o Dirigente e a Diretora.
Anônimo disse…
Sou a professora afastada da EE David Eugenio dos Santos e fico muito feliz em saber que a Giulia , a Cremilda , o Mauro e outros atuantes não se esqueceram do caso.Ainda estamos na esperança de se faça justiça.

Continuo lutando e fazendo o possível para termos uma escola pública aberta e de qualidade.Uma escola que respeite o educando e prepare-o para o futuro de um jeito humano e correto.

Parabéns a vocês pela luta.
05/09/2008
Giulia disse…
Olá, professora Suely, mais uma vez muito obrigada pela sua participação! Vamos agir, sim.