Voz do povo, voz de Deus


Eu não aguento mais ouvir falar o nome de Deus em vão. É "graças a Deus" pra lá, "se Deus quiser" prá cá... Entre os mais "piedosos" estão os políticos e os profissionais da educação. Infelizmente, a população cai na conversa fiada dessas figuras altamente suspeitas. Suspeitas porque não cumprem seus compromissos e largam a responsabilidade de seus desmandos para... Deus.

Mas, como se diz, a voz do povo é a voz de Deus! Essa voz não é ouvida nas Secretarias de Educação, a começar pelas ouvidorias, que são verdadeiras "surdorias". Nas escolas, os pais mais inteligentes e questionadores são afastados através de perseguições e represálias contra os filhos. Para não falar dos alunos questionadores, principalmente os que não têm sangue de barata e respondem as provocações de certos "educadores" que se incomodam com perguntas inteligentes fora do script.

A voz do povo na educação paulista é a voz da Cremilda, essa mãe que adotou todos os alunos da rede pública como seus e não se cansa de defendê-los contra tudo e contra todos. Sua voz é a voz de Deus, a voz da verdade, que desmascara o esquema sórdido que mantém o Brasil chafurdando no analfabetismo e no terceiromundismo.

Para quem estiver alfabetizado nessa realidade dramática que é a vida escolar na rede pública de ensino, suas palavras estarão bem claras. Para quem participa do "esquema", elas provocarão ira e tentativas de perseguição. Mas uma coisa é certa: se Deus existir, ele vai aplaudir a brilhante avaliação que a Cremilda fez das últimas novidades na rede estadual de São Paulo.
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Como sempre, o aluno da escola pública é o prejudicado, ficando sem aula em São Paulo. As aulas, que já deviam ter começado, foram adiadas. Isso oficialmente, porque aula mesmo, de verdade, faz tempo que aluno não tem. Escola que tira nota 1,14 na avaliação de 0 a 10 não deu aula coisa nenhuma. Os professores receberam o salário religiosamente; e receberão um bônus de gratificação. O que se vai gratificar??? Ninguém sabe...
A primeira noticia é que as aulas não vão começar por causa de uma suposta fraude nas provas que iam classificar os professores. Esses professores são 214 mil que substituirão os efetivos, que estão de licença ou sabe lá Deus onde... mas continuam recebendo salários, com toda certeza.
A denúncia é que as Diretorias de Ensino entregaram as provas de 25 questões, com 20 delas já respondidas... passaram as respostas para os professores escolhidos por elas. Corrupção das grossas. Caso de polícia. Caso para o Ministério Pùblico investigar. Se este fosse um país sério, a primeira a cair seria a Secretária de Educação de São Paulo. Nâo tendo um mecanismo de fiscalização efetivo, fica fácil a fraude e a corrupção generalizada na pasta da Educação. Os pais que pagam a conta dessa farra não têm nenhuma instância onde denunciar ou reivindicar seus direitos. Todas as instâncias estão tomadas pelos sindicatos de professores... sindicatos cheios de poder e dinheiro. O capim está comendo a vaca.
Nessa guerra, onde os alunos já começam perdendo, como sempre, fica a sensação que a decisão de refazer as provas não é por conta da fraude nas provas... Denúncias de fraudes sempre foram as constantes contra as Diretorias de Ensino. O problema é que tinha muito professor prejudicado. Se a fraude beneficiasse todos os professores e prejudicasse apenas os alunos, ficaria tudo certo??? O Jornal Agora, no dia 6 pp, faz uma matéria, como sempre, mudando o rumo da prosa. A explicação é que ficaram 15 mil professores sem fazer a prova. Ora... ficaram 15 mil fora do esquema, isso sim. A imprensa, como sempre, TAPANDO O SOL COM A PENEIRA. Parece que não reclamam da fraude... reclamam por não participar dela. Nesse caso, era impossível beneficiar a todos.
Numa escola miserável, suja, caindo aos pedaços e faltando professor todo dia e aos montes... Merenda escassa e de má qualidade... Alunos saindo da escola analfabetos... Violência, maus exemplos, humilhação e desordem... A escola pública está mergulhada no caos. Gostaria de ver a imprensa informando os pais. Cumprindo o seu sagrado dever de informar que as aulas não começaram por conta de uma fraude gigantesca envolvendo 214 mil professores. Quem sabe, assim, cai de vez o mito do professor santo. As autoridades e os politicos não têm nenhum interesse. Aliás, o interesse da corporaçao dos professores é o interesse deles... Precisamos, agora, que a imprensa cumpra seu papel de informar os pais e se indignar.
Professor é apenas um ser humano. Não é santo nem atingiu um grau de evolução que não precise ser fiscalizado. Professores são pessoas como qualquer mortal e sendo "inimputáveis" cometem erros, roubam e cometem todos os desatinos que a impunidade ampara. É claro que tem, no meio deles, aqueles dificeis de corromper... mas é uma luta muito desigual. A escola pública está na mão de quem não é punido nunca e a diretora é dona do poder absoluto.
O poder absoluto corrompe absolutamente. Nas mãos dessa gente estão nossos filhos para serem educados. Está na hora de reagir...
Cremilda Estella Teixeira

Comentários

Anônimo disse…
Cremilda o problema é que a APEOESP (Sindicato do Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo)objetivando proteger seus associados entrou com uma liminar pedindo a anulação da prova que a Secretaria de Educação propôs para avaliar o conhecimento dos professores temporários (ACTS) sobre a Proposta Curricular implantada na rede estadual em 2008
Como a atribuição de aula seria a apartir da contagem de tempo de serviço, títulos e nota da prova, o "Sindicato" provavelmente temendo que seus associados não fossem bem na prova, visto que são professores que estão há tempos na rede e ainda não passaram em concurso, contesta a prova. É uma vergonha que o "Sindicato" queira que os professores que nós substituem (eu sou efetiva na escola Arno Hausser em Ilha Solteira-SP)não conheçam a proposta curricular.
Anônimo disse…
A voz do Sindicato
Como se não bastasse ser contra a avaliação de desempenho, a unificação dos conteúdos em toda a rede estadual paulista, ao material didático produzido pela Secretaria, a progressão continuada, e todo ano incentivar professores a fazer greve, o ultrapassado "Sindicato do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, entrou na justiça contra a prova que a Secretaria de Estado da Educação implantou para os professores temporários. A Exigência do Sindicato é que o estado seja obrigado a atribuir aulas aos que não fizeram a prova seletiva e mais, que a nota obtida na "provinha" (é assim que a APEOESP chama a prova) não seja utilizada na classificação dos professores.
Anônimo disse…
PERGUNTAS QUE NÃO QUEREM CALAR?

1- Em que mundo vive os dirigentes da APEOESP?

2- Por que em um momento em que a sociedade se mobiliza pela busca da qualidade na educação pública a APEOESP só atrapalha?

3- Por que esse Sindicato não promove ações construtivas e sintonizadas com a modernidade, estão sempre na contra mão, correndo atrás de ações que não contribuem para a melhoria da qualidade da educação?

4- Por que esse sindicato não propõe ações formativas para seus associados, para que quando o governo realize uma simples "provinha", ele não precise contestar? É medo de seus associados não obterem pontos suficientes para conseguirem aulas? Preparem-nos, afinal a "provinha' exigiu apenas o conteúdo da Proposta Curricular, algo fundamental que o professor precisa saber para poder ensinar.
Vera Vaz disse…
Uma coisa eu aprendi em todos esses anos de luta: quando professor chia muito contra uma coisa preste atenção nela porque faz bem pros alunos e melhora a Educação!
(lógico que isso exige esforço, competência e consciência então... estão fora!)