O aprendizado do bullying




Discutir o bullying está na moda. Trata-se de mais uma forma de demonizar o aluno, esse monstrinho que passa o dia letivo agredindo os colegas e o professor... Quanta hipocrisia! Ninguém procura ir às causas do problema.

Finalmente, dois vídeos que mostram a gênese da violência escolar.



Como sempre, a história só pôde ser confirmada por um único motivo: a escola é particular, o que ocasionou dois fenômenos que nunca aconteceriam na rede pública
  1. Duas funcionárias "entregaram" as oito que cometeram crimes de tortura contra bebês de 1 até 2 anos de idade, pois sendo escola particular as funcionárias poderiam ser demitidas e não continuariam convivendo com elas.
  2. Os donos da escola ficaram com medo do escândalo, que poderia ocasionar o fechamento do estabelecimento, assim correram colocar câmeras de vídeo nos ambientes e puderam registrar os fatos.
A escola atende 200 bebês e é particular, porém conveniada com a prefeitura, o que significa mantida com o suado dinheirinho dos nossos impostos. A boa notícia é que os crimes serão julgados e tomara que isso sirva de exemplo para outras escolas colocarem câmeras de vídeo em seu recinto.

Como disse, isso nunca aconteceria numa escola pública. Entenda bem o que eu quis dizer aqui: esses crimes ocorrem com muito mais frequência na rede pública do que na particular, o que não ocorre na escola pública é a denúncia, pois o corporativismo fala muito mais alto do que o sentimento de justiça e impede que esses casos venham a público. Quando então são os pais a denunciar, salve-se quem puder! Seus filhos serão tachados de mentirosos, mal educados, perversos, na melhor das hipóteses "manipuladores" (relembre aqui mais uma história interessante).

O pior de tudo é que casos como esses mostram claramente a origem do bullying na escola. O pior cego é o que não quer ver!

Comentários

Victor Zazuela disse…
"O pior de tudo é que casos como esses mostram claramente a origem do bullying na escola. O pior cego é o que não quer ver!"

Reduzir uma discussão - o bullying - a maus exemplos de profissionais é ir longe demais. Há todo um estudo sobre o tema, realizado por inúmeros profissionais, educadores, psicólogos etc.
Penso, cara Giulia, que definitivamente, foi eleito o profissional (pior, que os bons entram na dança) da educação como o grande vilão pela falência do ensino.
Sinto muito, mas não consigo sequer visitar mais seu blog. Quando há discussões e um debate sério e sadio, fico feliz. Mas volta e meia, acusações ressentidas - é isso o que sinto - vêm à tona.
Já te disse uma vez e volto a repetir. Esse caminho escolhido para lutar não levará a lugar nenhum.
Todos na escola e na sociedade têm responsabilidade. Pais, alunos, professores, funcionários, diretores, coordenadores, supervisores, dirigentes etc etc e tc.
Pais abonadonaram seus filhos. Professores abandonaram seus alunos. Governos/justiça abandonaram os cidadãos.
O que fazer?
Um debate sério e responsável.
Podemos eleger um ou outro como "culpado". Simples. Mas ingênuo.
Giulia disse…
Victor, menos... Esse post é uma resposta ao grito da sociedade contra o aluno. Você muito bem sabe que esse tipo de notícia NÃO VEM A PÚBLICO, foi uma exceção absoluta. Quando se publica algo no gênero, é sempre minimizando a responsabilidade da escola. Dessa vez não deu para colocar panos quentes, pois tudo foi filmado. Eu acho que você devia, numa situação tão grave como essa, refletir um pouco antes de vir com a velha história do professor "grande vilão"... Em toda a grande mídia, até hoje, o grande vilão é o aluno!
Victor Zazuela disse…
Giulia,
sempre você diz: "menos"...
Mas quem exacerba é justamente o teor do post.
Que existe uma manipulação na tentativa de demonizar o aluno, todos aqui, sobretudo aqui, sabemos.
Mas vamos seguir o mesmo caminho???
Demonizando o professor? Ou os pais?
Por favor, eu é que te digo... menos, Giulia.
Anônimo disse…
Aho que tem que bater mesmo. Antigamente quando os pais batiam nos filhos não tínhamos tantos adolescentes e adultos com problemas.
Hoje as crianças são tratadadas como imperadores, mandam nos pais e na escola.
Não é de estranhar que um aluno leve uma arma na escola para atirar na professora, eles são criados para nunca serem contrariados.