A canção do professor


I can get no satisfaction!

Os professores estão indo às ruas para exigirem a satisfação de seu maior desejo: reprovar o aluno. Já que eles não sabem ensinar e não têm o menor prazer no trabalho que escolheram (sim, pois poderiam optar por vender imóveis, fazer artesanatos, ter uma locadora de vídeos ou um quiósque na praia), a única forma de conseguirem um orgasmo é reprovar o aluno. Que satisfação! Assim no ano seguinte ele vai ser também reprovado e, se Deus quiser, no próximo já estará fora da escola. Menos um!

Evasão do aluno - ah! essa é a satisfação mais profunda do professor. E é nisso que a classe docente é craque, como todas as estatísticas mostram.

Abriu assim a nova temporada de passeatas e greves em nome da volta da repetência.

ABRAM ALAS PARA ELES!

Leia os excelentes comentários da professora Glória Reis e o artigo do professor da USP Vitor Henrique Faro, no blog http://gloria.reis.blog.uol.com.br/

Comentários

Giulia disse…
Gente, que bicho sagrado é o professor?! Ninguém se atreve a comentar nada! Isso deve ser produto da lavagem cerebral que todos nós recebemos quando crianças:
Respeite o professor!
Seu professor está sempre certo!
A primeira professora a gente nunca esquece!
A professora é sua segunda mãe!...
Anônimo disse…
Giulia, sou professor. Grande coisa pra vcs né! Mas sou. E me orgulho disso! Comparam professor com pai , mãe, tio, tia, porque assim como pai será eternamente pai, professor será eternamente professor! Pelo menos pra quem já teve professor!
Giulia disse…
Prezado Lúcio, se você se orgulha de ser professor, é porque deve ser um ótimo professor. Também tive alguns excelentes professores. Meus filhos também, que só estudaram na rede pública de ensino, tiveram alguns ótimos professor. Professor é que nem pai, mãe, engenheiro, motorista, eletricista... Pode ser bom, médio, ruim, péssimo. O que não se pode é tratar professor como "santo", principalmente quando ele demonstra que não está nem aí com o aluno.
Ricardo Rayol disse…
E contra isso a população nao protesta
Anônimo disse…
Giulia,adorei a ilustração...Dei boas risadas.
Giulia disse…
Pois é, Glória, de vez em quando precisamos desopilar o fígado...
Zé Costa disse…
Acho que você está equivocada, mas talvez eu seja um desses professor que vê na reprovação uma... sei lá, satisfação sexual.

Protestar contra o fim da reprovação não quer dizer, no meu entender de professor preguiçoso, que nós, excluo você, claro, estejamos ávidos pela reprovação. Na maioria dos casos, a deficiência na aprendizagem têm duas causas que se combinam: Professor ruim - talvez seja o meu caso - e aluno negligente.
Zé Costa disse…
Não seja apressada, o erro de concordância foi proposital. Em tempos de Lula, quero me adptar à uma nova gramática, afinal, uma progressão continuada ajuda a resolver esse problema.
Giulia disse…
Olá, CostaJr, o analfabetismo funcional nestepaizzz vem de bem antes de Lula, infelizmente. Seria tão bom se varrer Lula resolvesse os problemas do Brasil! Quanto ao aspecto formal da língua, é mera convenção e não dou a mínima para isso. Se os erros fossem somente de gramática e ortografia, mas as pessoas conseguissem estruturar seu pensamento ou entender um texto simples, já estaria muito bom. Mas parece que uma coisa puxa a outra. Você vê que mesmo na Internet os textos são prolixos ou repetitivos, é muito blá-blá-blá e pouco conteúdo. O que defendemos aqui é o princípio da progressão continuada e não a forma como ela é conduzida hoje. Reprovar um aluno vale tanto quanto deixá-lo passar de ano, ou seja, não altera em nada seus conhecimentos. A avaliação não acrescenta nada ao aluno, acrescenta ao professor, se ele estiver interessado a trabalhar com o aluno. E professor que se preocupa em avaliar o aluno apenas uma vez por ano mostra que não está minimamente interessado.