Hoje o EducaFórum voltou a entrar em contato com o Ministério Público para solicitar
informações sobre a situação já relatada diversas vezes. Leia o histórico nos links abaixo.
Apenas resumindo, em janeiro encaminhamos à Coordenadoria do Pro Jovem em Brasília sérias reclamações sobre o curso implantado na EMEF Prefeito Adhemar de Barros, em São Paulo. Cópia foi enviada para o ministro da Educação Fernando Haddad, que porém “nada tem a ver com o assunto”, pois se trata de um programa da própria Presidência da República.
O resultado imediato da denúncia foi uma tremenda perseguição aos alunos do curso por parte de alguns professores, que fizeram uma cruzada para descobrir “quem havia espalhado mentiras” a respeito de um curso “tão bem implantado”. Esses professores jogaram os alunos uns contra os outros, alegando que as aulas seriam suspensas se não se encontrassem “os culpados”. As perseguições terminaram somente após o acionamento do Ministério Público e a desistência de muitos alunos, apavorados com o terror instaurado.
Apenas resumindo, em janeiro encaminhamos à Coordenadoria do Pro Jovem em Brasília sérias reclamações sobre o curso implantado na EMEF Prefeito Adhemar de Barros, em São Paulo. Cópia foi enviada para o ministro da Educação Fernando Haddad, que porém “nada tem a ver com o assunto”, pois se trata de um programa da própria Presidência da República.
O resultado imediato da denúncia foi uma tremenda perseguição aos alunos do curso por parte de alguns professores, que fizeram uma cruzada para descobrir “quem havia espalhado mentiras” a respeito de um curso “tão bem implantado”. Esses professores jogaram os alunos uns contra os outros, alegando que as aulas seriam suspensas se não se encontrassem “os culpados”. As perseguições terminaram somente após o acionamento do Ministério Público e a desistência de muitos alunos, apavorados com o terror instaurado.
Veio então uma fase de calmaria e alguns problemas foram contornados, como, por exemplo, a falta dos professores de matemática e de educação para o trabalho, que finalmente apareceram, sete meses após o começo do curso, mas ignoraram as duas primeiras partes do programa e iniciaram pela terceira. A média de aulas vagas também diminuiu após a interferência da promotoria, pois no início do curso os alunos tinham apenas uma ou duas aulas por dia, o que causou grande evasão. Mesmo assim, nos últimos meses as aulas iniciavam às 19h30 e os alunos eram dispensados já às 22h20, tendo ainda um intervalo de 40 minutos, ou seja, eram ministradas no máximo duas ou três aulas por dia.
A promotoria instaurou um inquérito para apurar as responsabilidades, mas ainda não recebeu resposta do Secretário Municipal de Assistência Social de São Paulo, responsável pela aplicação dos recursos provenientes do Governo Federal. Esperamos que os fatos sejam apurados com rigor, pois vários problemas continuam sem solução:
A promotoria instaurou um inquérito para apurar as responsabilidades, mas ainda não recebeu resposta do Secretário Municipal de Assistência Social de São Paulo, responsável pela aplicação dos recursos provenientes do Governo Federal. Esperamos que os fatos sejam apurados com rigor, pois vários problemas continuam sem solução:
O laboratório de informática ainda não foi montado, ou seja, os computadores continuaram encaixotados numa sala da escola até a data do término das aulas regulares, dia 28 de junho. Durante o ano de curso, os alunos deveriam ter tido 300 horas de computação (inclusão digital), mas receberam apenas 4 aulas, que foram dadas na sala de informática dos alunos da rede municipal, cedida excepcionalmente aos alunos do Pro Jovem, já que os computadores do projeto permaneciam encaixotados.
Além disso, as aulas da disciplina de qualificação para o trabalho, chamada “Formação Técnica Específica” iniciaram – pasmem! – após o término do curso regular, ou seja, agora em julho, pois essas aulas dependiam da criação de laboratórios de fotografia, filmagem, gastronomia etc., que não foram instalados. Está previsto que os alunos continuem tendo essas aulas duas vezes por semana, até o final de agosto, mas serão apenas aulas “teóricas”, pois não há equipamentos nem materiais para o desenvolvimento dos trabalhos. E finalizamos: faltam inclusive alunos!!! Sim, o curso, que iniciou em maio de 2006 com 4 salas de 30 alunos na EMEF Prefeito Adhemar de Barros, está prestes a terminar com uma única sala de no máximo 20 alunos. Alguns desses poucos remanescentes não irão reivindicar a instalação dos laboratórios nem a reposição das aulas de informática, pois deixaram de receber a bolsa-auxílio de R$ 100,00 mensais já em maio. A condição para a permanência no Pro Jovem é que os alunos não trabalhem com registro. A partir do momento em que deixaram de receber a bolsa, muitos precisaram procurar trabalho...
Esse foi o estrago do programa Pro Jovem, da forma como foi implantado nessa EMEF de São Paulo. No entanto, a escola cedeu apenas o espaço físico para o projeto, e toda a responsabilidade pelo gerenciamento de recursos cabe à Secretaria Municipal de Assistência Social. Entenda bem: o programa é federal, mas os recursos são repassados a cada município.
Esperamos que a ação do Ministério Público possa garantir, aos poucos alunos que restam, a reposição de aulas dignas e proveitosas, concedendo-lhes a bolsa-auxílio durante todo o tempo que durar essa reposição. Esperamos, mais ainda, que as próximas turmas do Pro Jovem, nessa e em outras escolas de São Paulo, sejam tratadas com o respeito e a dignidade que merecem. De que adianta receber um diploma de faz-de-conta?
Leia abaixo os textos publicados neste blog sobre o Pro Jovem.
http://educaforum.blogspot.com/2007/01/frias-ns.html
http://educaforum.blogspot.com/2007/01/situao-se-agravou.html
http://educaforum.blogspot.com/2007/01/em-boas-mos.html
O EducaFórum adverte: este blog é chato.
Entretanto, se você é daqueles que falam da importância da educação, mas lê apenas teoria, o EducaFórum adverte: você é hipócrita.
Além disso, as aulas da disciplina de qualificação para o trabalho, chamada “Formação Técnica Específica” iniciaram – pasmem! – após o término do curso regular, ou seja, agora em julho, pois essas aulas dependiam da criação de laboratórios de fotografia, filmagem, gastronomia etc., que não foram instalados. Está previsto que os alunos continuem tendo essas aulas duas vezes por semana, até o final de agosto, mas serão apenas aulas “teóricas”, pois não há equipamentos nem materiais para o desenvolvimento dos trabalhos. E finalizamos: faltam inclusive alunos!!! Sim, o curso, que iniciou em maio de 2006 com 4 salas de 30 alunos na EMEF Prefeito Adhemar de Barros, está prestes a terminar com uma única sala de no máximo 20 alunos. Alguns desses poucos remanescentes não irão reivindicar a instalação dos laboratórios nem a reposição das aulas de informática, pois deixaram de receber a bolsa-auxílio de R$ 100,00 mensais já em maio. A condição para a permanência no Pro Jovem é que os alunos não trabalhem com registro. A partir do momento em que deixaram de receber a bolsa, muitos precisaram procurar trabalho...
Esse foi o estrago do programa Pro Jovem, da forma como foi implantado nessa EMEF de São Paulo. No entanto, a escola cedeu apenas o espaço físico para o projeto, e toda a responsabilidade pelo gerenciamento de recursos cabe à Secretaria Municipal de Assistência Social. Entenda bem: o programa é federal, mas os recursos são repassados a cada município.
Esperamos que a ação do Ministério Público possa garantir, aos poucos alunos que restam, a reposição de aulas dignas e proveitosas, concedendo-lhes a bolsa-auxílio durante todo o tempo que durar essa reposição. Esperamos, mais ainda, que as próximas turmas do Pro Jovem, nessa e em outras escolas de São Paulo, sejam tratadas com o respeito e a dignidade que merecem. De que adianta receber um diploma de faz-de-conta?
Leia abaixo os textos publicados neste blog sobre o Pro Jovem.
http://educaforum.blogspot.com/2007/01/frias-ns.html
http://educaforum.blogspot.com/2007/01/situao-se-agravou.html
http://educaforum.blogspot.com/2007/01/em-boas-mos.html
O EducaFórum adverte: este blog é chato.
Entretanto, se você é daqueles que falam da importância da educação, mas lê apenas teoria, o EducaFórum adverte: você é hipócrita.
Comentários
"Entretanto, se você é daqueles que falam da importância da educação, mas lê apenas teoria, o EducaFórum adverte: você é hipócrita."
eh!eh!... ainda assim gostei de conhecer o teu blog.
Vim aqui através do Ricardo (Indignatus) e gostei muito do que apresentas.
Vou ficar fâ.
Um beijo,
O que fazer com uma coleção de bolachas clássicas? Uau! Ter uma boa pick-up e ouví-los até cansar! Por mais que os cds tenham um bom som, nada supera o vinil com uma boa 'vitrola' e um bom amplificador.
Eu vou postar umas outras coisas por lá hoje. Fico feliz que tenha gostado e que ouça meus posts.
Um forte abraço e volte sempre.
Beijos
Eu só a escrevi porque muita gente não lê nada sobre educação que não seja escrito por teóricos ou luminares da educação, pessoas muitas vezes afastadas da sala de aula. Este é mesmo um blog chato, porque fala do dia-a-dia da rede pública, de casos concretos muitas vezes difíceis de resolver. Mas enfim: quem visita e se dá ao trabalho de ler, não é hipócrita, né? rsrs
Aliás, estamos comemorando a ausência de "anônimos" já há alguns dias, hehe.
Gostei muito do seu estilo!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Meu nome é claudia e não conheço nenhuma d(s) pessoa(s) que criaram esse blog, mais ao realizar uma pesquisa sobre o eja tomei conhecimento e quero deixar aqui meu comentario.
Imagino que somos todos adultos,e espero também que sejamos todos educadores, pois levanto a bandeira que como grupo profissional, não deveria acontecer de outras pessoas alheias a profissão discultir sobre tal. O problema da educação tanto no eja,como em outras modalidades de ensino é essa as pessoas preferem se agredir a se relaciona/interagir/mobilizar em pro da educação, se como alguns relatam nesta escola tem problemas politicos ou pessoais, vamos nos unir enquanto classe profissional e não apenas denunciar irregulariedades vamos agir, sim! existem motivos politicos claros nesta situação.
agradecida!
Há posição de educador, ate para recolocar nossa profissão no status social é de tratar de educação, não como chata, utopico nem impossibilitado de mudanças.