Mas será o Benedito?!...


Nosso amigo Ricardo achou “bizarra” a história de São João da Boa Vista. Realmente, até nós aqui, se não tivéssemos nos enfronhado nela até o pescoço, teríamos dificuldade em acreditar. Expulsão de alunos da rede pública é o que mais há, veja o aumento das “matrículas” nas Febens da vida - hoje Casas “de tortura”, ficou melhor, mais especificado...
Mas, para uma diretora de escola arrastar cinco alunos para um tribunal, como vingança por ter sido obrigada a reintegrar uma garota expulsa injustamente, só tendo dois fortes motivos:

  • A certeza do ganho de causa
  • A certeza da impunidade

Ela teve um tremendo “azar”: encontrou um juiz que (ó milagre!!!...) não quis se sujar enviando para a Febem uma menina inocente, portanto perdeu um ponto. No outro aspecto da questão, bingo! a diretora ficou impune - aliás, como a maioria das autoridades deste país devastado pela deterioração moral.

Ah! O nome do juiz é Misael dos Reis Fagundes, bem lembrado pelos nossos leitores!

A única coisa positiva dessa história foi que o juiz inocentou definitivamente a aluna, permitindo que ela voltasse à escola de cabeça erguida, sem a pecha de “incendiária”, que ela carregaria até hoje, caso o juiz não tivesse colocado uma pedra em cima do assunto. Os quatro meninos que testemunharam em falso contra ela que se cuidem! Mesmo que tenham sido obrigados pela diretora da escola a armar essa farsa, serão as próximas vítimas desse crime perverso, pois, se não houver uma intervenção nessa escola, a situação por lá vai piorar e muito...

Nós também temos fortes motivos para insistir em comentar este caso:

  • A certeza de que a maioria das pessoas que têm filhos na rede particular não acredita na veracidade de fatos como este, pois em cada família de classe média existe um profissional da rede pública que vira o discurso contra o aluno, esse ser mal-educado “de berço”.
  • A esperança de que outros pais permitam divulgar esses fatos, mostrando que se trata de situações corriqueiras. A resistência deles é devida à intensificação das perseguições e represálias contra seus filhos, no que esse caso é um exemplo óbvio ululante, por isso nunca o esqueceremos.
  • A esperança de que, governo vai-governo vem, algum dos “burocratas” de plantão tenha um “r” só e resolva iniciar uma limpeza nesse poço de descaso, perversidade e impunidade que se tornou a rede pública de ensino, em quase todo o Brasil.

A moral amarga dessa história é que, neste país, o menor, o mais fraco, o pequeno, é sempre o culpado e as autoridades “competentes” saem pela tangente.

Lembra do caso da menina presa numa cela com 20 homens na cadeia de Abaetetuba, no Pará? Também nesse caso, ela foi a culpada! Leia, no blog da nossa amiga professora Glória (sim, aquela que foi acusada e condenada por ter criticado as prisões brasileiras http://educaforum.blogspot.com/2008/03/glria.html), como a juíza Clarice Maria de Andrade, que deixou a menina “mofando” naquela cadeia durante um mês, teve arquivado o processo administrativo que a responsabilizava http://gloria.reis.blog.uol.com.br/

Isto é Brasil, sil, sil, o país onde a lembrança de Ruy Barbosa vale tanto quanto a nota de 10.000 cruzeiros que mostrava sua imagem...
Ah! Quem é mesmo Ruy Barbosa? Ora, ora, mas será o Benedito?...

Comentários

Anônimo disse…
querida Giullia
Tem mais é que falar desse caso sempre sim.
Afinal não é todo dia que se encontra um Juiz Coragem
Ousar desafiar uma professora de escola pública e fazer justiça não é para quaquer juiz não!!!!
Um caso assim exemplar é um alento para nós.
Sempre que possivel colocar o nome do juiz coragem em LETRA MAIUSCULA.
Giulia disse…
Ái, que frustração!!! Ninguém sacou minha brincadeira com o Benedito Ruy Barbosa?... Precisamos rir um pouco, pessoal, senão a gente não agüenta a tensão!