Lembram do aluno que quebrou os punhos na escola, não foi socorrido, não lhe foi permitido usar o celular para avisar a mãe que estava machucado e só foi liberado no término das aulas, quando voltou sozinho para casa? Este blog com memória de elefante publicou a notícia no dia 15 de julho do ano passado, junto com a matéria de Gustavo Ioschpe na Veja, que fez um apelo nacional pedindo um advogado que aceitasse representar os pais para processar o Estado. Nenhum dos 260 mil advogados de São Paulo apareceu para dar o mínimo apoio aos pais... Leia essa matéria antiga clicando aqui.
Esse tipo de notícia não dá mídia, o caso acima foi uma exceção que confirma a regra e mesmo assim a notícia não ajudou a melhorar a forma de socorrer alunos na escola. A rede pública de ensino é uma caixa preta disponível mas intocável. Se ela fosse aberta, daria a exata dimensão do apartheid que existe no país, mas a sociedade não tem interesse em abri-la.
Um caso muito mais grave ocorreu na semana passada na EMEF Marechal Deodoro, quando um aluno de 11 anos, em circunstâncias obscuras, teve traumatismo craniano e também não foi socorrido. A escola ligou para a mãe e esperou chegá-la, sem ligar para a emergência, nem mesmo para a polícia, que costuma chegar em 30 minutos quando algum aluno xinga um professor.
Ao chegar, a mãe encontrou o filho desmaiado e pediu chorando que alguém a ajudasse a levá-lo ao pronto socorro. O aluno foi internado em estado grave no Hospital Darcy Vargas e ainda continua na UTI, após uma semana do ocorrido.
É com muita honra que publico aqui a gravação do depoimento da mãe, do Mauro e da Cremilda, registrado na Rádio Terra, o único meio de comunicação à disposição dos pais e alunos da rede pública de ensino. Numa terra de mídia comprometida com o poder público, só contamos com alguns jornalistas realmente voltados para os interesses da população mais indefesa. E ainda temos que ouvir que se trata de "mídia marrom"!
Marrom, ou melhor, NEGRO, é o descaso da mídia e do poder público deste país para com a população carente.
Escola pública é lugar de risco, sim! A resposta da Diretoria de Ensino ao questionamento da Cremilda foi clara: a escola agiu "corretamente", esperando a mãe chegar para saber se o aluno tinha plano de saúde...
Comentários
Aí já é exagero
Dentro da EMEF IMPERATRIZ acontece violência pior, crianças são agredidas pelos colegas maiores a ponto de sangrarem e ninguém faz nada.
Vamos reclamar pra quem?
Vamos fazer o q?
Policia chega sim em questão de segundos, já aconteceu comigo....
Eu nem acabei de concluir uma frase e duas policias femininas entraram e se posicionaram uma de cada lado da secretária da escola de modo bem acintoso...Acho que eu entrei na escola e já acionaram a PM, antes de saber o que eu iria falar, na verdade já sou conhecida, né ? Jà sabiam que eu não estava ali para tomar chazinho com a diretora...
Aconteceu na Escola Estadual Tripoli na Vila Sonia.
Elas tem sim ligação direta com a policia e a ronda fica de escola em escola, sempre tem alguma viatura perto da escola
Questão de segundos....sim..
Nessa escola Marechal também, numa velocidade impressionante está presente a GCM.
Então não é exagero coisa nenhuma
Quem quiser textar é só chegar lá e falar um pouco mais alto com alguma funcionária da secretaria, pra fazer o texte...
Aconteceu com o Manuel Tertuliano na Escola Estadual Regina Miranda, ele questionou a diretora da formação do Conselho de Escola e imediatamente, apareceram oito policiais. O Manuel Tertuliano levou um susto e não imaginou que a policia fora chamada para ele.
Exagero é policia militar e GCM estar a serviço da suposta segurança das professoras e não acorrerem com a mesma pressa quando é para socorrer um aluno acidentado...
cremilda estella teixeira
elabateu a cabeça na escola durante o intervalo ,eles me ligaram não me encontraram e entao não fizeram nada esperaram o horario da saida ... peguei minha filha levei ao hospital deu traumatismo craniano veio a falecer
fiz um boletim de omissão de socorro e ate hoje não sei o q deu
isso aconteceu em 11/09/2006 na escola lucelia 4 hoje com nome de leonel brizola
minha filha tinha apenas 7 anos e por omissão de socorro se foi e ainda temos q suportar a injustiça pois queria puniçao e eles