Dando continuidade a esta nova série, segue um assunto que você não vai ver no Fantástico nem em outro lugar de destaque na mídia: uma professora de uma escola municipal de São José do Rio Preto atirou o apagador na cabeça de um aluno, que precisou levar pontos para fechar o ferimento.
A classe docente brasileira costuma argumentar que "a educação vem de casa". Esse é o refrão mais ouvido nas escolas e nas matérias que tratam de educação na mídia. Trata-se de uma campanha maciça dos sindicatos da "educação" no sentido de responsabilizar o aluno e a família pelo fracasso e pela violência da escola. Essa campanha tem sido tão eficaz, que nem mesmo casos como o acima ou aqueles que divulgamos recentemente, de crianças levando "livradas" ou "reguadas" de professores, conseguem convencer a sociedade de que a escola também educa - ou então deseduca.
A postura do professor, do coordenador pedagógico, do diretor de escola e demais profissionais do ensino não costuma ser questionada nem mesmo em casos graves como esses, que mostram um verdadeiro "bullying docente". Entenda-se, aliás, que a palavra bullying não se refere ao comportamento infantil ou adolescente, como se pensa. O termo "bully", em inglês, significa valentão, portanto cabe a todos que covardemente agridem os que mal podem se defender. Gostaríamos de ver essa professora atirar o apagador na cabeça do diretor da escola ou do supervisor do ensino! Não, elas atiram o apagador, o livro, a regua na cabeça do aluno! E se não houver machucado que permita fazer BO, é a palavra da criança contra a do professor, que sempre nega a acusação. Para não falar da violência psicológica, contra a qual não existem provas...
Para justificar o lema "a educação vem de casa", os sindicatos e a mídia divulgam imediatamente, em larga escala, qualquer tipo de agressão, moral ou física, de aluno contra profissional da educação, e o assunto costuma ficar pelo menos duas semanas em pauta. Os pais de alunos da rede pública não têm sindicato e muito menos advogado. Percebeu a diferença?
Leia os posts anteriores:
A escola que deseduca I
A escola que deseduca II - Livradas e reguadas em alunos
Comentários
Segundo ele era um exagêro a reclamação
Afinal eram apenas dois pontinhos na cabeça do aluno.
Não eram nem nove e nem dez.
Alguém viu essa fala ?
Prestou atenção ???
Quantos pontos são precisos para ser considerado uma agressão ?
Mais de nove ?
Dez?