A escola em raio X - A série nº 4 - Expulsão por motivo fútil


Esta nova série contém mensagens de pais de alunos, que nos chegam aos montes de todas as partes do Brasil. Encaminhamos o caso abaixo para a Secretaria Estadual da Educação em setembro do ano passado e foi simplesmente varrido debaixo do tapete. Trata-se de um garoto expulso de uma escola de Guarulhos e a mãe dele voltou a nos procurar este ano, pois o menino entrou em depressão. Vamos encaminhar o assunto novamente e esperamos que desta vez seja tratado com um mínimo de atenção.

Segue a mensagem recebida pelo EducaFórum da mãe desse aluno, em 12 de setembro passado e peço que prestem atenção na atitude da professora "mediadora". O assunto é muito sério, trata-se de atirar para o lixo a maior riqueza do país: nossa infância e juventude. Nesse quesito, a nossa escola é muito craque!

Por favor, peço a ajuda de vocês. Meu filho foi transferido compulsóriamente, porque anda pela sala, conversa e se recusa a copiar as lições exageradas de uma escola que só usa métodos tradicionais. A transferência se deu em uma reunião de Conselho onde só haviam 6 professores, não houve nenhum encaminhamento ao Conselho Tutelar nem direito de defesa e eu me recusei a assinar a transferência. Além disso a Professora Mediadora colocou nele o apelido de pisca-pisca e meu filho se tornou alvo de chacotas por parte de toda a escola.

Durante uma reunião com a Supervisora consegui que me entregasse a cópia das anotações e conferi que nenhum ato do meu filho foi tão grave para justificar uma atitude tão drástica por parte da escola. Além disso ele está sendo discriminado pelos colegas por ter sido expulso, teve que se de mudar de escola onde ia acompanhado por seu irmão mais velho, é em outro horário, outro bairro, ele precisa pegar ônibus e ir sózinho, pois trabalho e não tenho como acompanhá-lo. As queixas são por parte de 2 professores que pegaram antipatia por ele e acabaram por transferir isso para a escola toda. Além do meu filho, outros alunos foram coagidos a pedir transferência ou transferidos compulsoriamente, pois essa é uma atitude normal dessa escola, com o aval da diretoria de ensino de Guarulhos.

Este caso foi inclusive relatado aqui no blog em setembro, releia o post clicando aqui

Comentários

Anônimo disse…
Será que é um grande sacrifício, atitude traumatizante pedir para que um aluno não fique conversando quando os professores explicam a lição?
Giulia disse…
Nada traumatizante, anônimo (não dá para pelo menos inventar um nome?...), você tem mais é que pedir atenção. Traumatizante é expulsar o aluno por causa disso!
cremilda disse…
Aula de boa qualidade o aluno presta atenção.
Seria um grande sacrificio respeitar o aluno e dar uma boa aula ?
Se for impossível, melhor que ela mudasse de planeta.
cremilda disse…
Giulia
Estou esperando a sua resposta.
Giulia disse…
Cremilda, eu vou com certeza na reunião da noite. De dia, não vou poder... Encaminhei seu e-mail para a Caroline e hoje à noite ligo para ela. Beijo!