Entre os inúmeros “direitos” da categoria que atua na rede pública de ensino – direito a faltar até dia-sim, dia-não, direito a agredir os alunos física ou moralmente, direito a tratar o aluno e seus pais como mero estorvo, direito a abafar as denúncias de quem se atreve a apontar seus desmandos – estão o “direito” à vingança e à impunidade.
É o que ocorre na EMEF Imperatriz Dona Amélia, desde o início do ano passado. Além de ter contrariado diversas leis que protegem as crianças e adolescentes confiados aos seus cuidados, a direção da EMEF resolveu se vingar das mães que se atreveram a levar suas denúncias à Secretaria da Educação, processando-as. E, como sempre, essa vingança seria consumada, se essas mães se dobrassem ao autoritarismo e ao abuso. Uma delas já havia sido condenada a uma cesta básica e a trabalhos comunitários por “difamar” a escola. Por esse motivo ela havia se afastado do grupo, mas, após ser intimada novamente a comparecer à delegacia de polícia, percebeu que a sede de vingança da direção da escola é ilimitada e resolveu se unir novamente às outras mães, na esperança de se defender dessa nova investida.
Há três semanas estamos tentando saber da SME o que acontece, mas ninguém nos dá retorno: nem a assessora do Secretário que atendeu pessoalmente essas mães em 8 de outubro do ano passado, Cláudia Oliveira, nem o chefe de gabinete, Waldecir Pelissoni e – óbvio – muito menos o próprio Secretário Alexandre Schneider.
Finalmente, a Rádio AM da Cidade resolveu cobrar um pronunciamento do Secretário e, provavelmente, desta vez ele virá a público. Mas certamente dirá que o ato de processar as mães foi uma ação “isolada” da direção da escola, que não recebeu o aval da Secretaria. Que seja! Mas como vai ficar? Como fica uma Secretaria da Educação que, além de não cumprir com sua obrigação de proteger os alunos a seus cuidados, ainda permite que seus pais sejam processados por funcionários que exercem autoridade dentro da escola? É essa a “atitude pedagógica” da SME?
A palavra está agora com o Secretário Alexandre Schneider: a Secretaria vai manter o “direito” à vingança e à impunidade da direção da EMEF Imperatriz Dona Amélia?
Leia aqui algumas matérias anteriores sobre essa EMEF. Todos os abusos estão registrados no livro de ocorrências da escola, que a SME não se dignou a consultar.
http://educaforum.blogspot.com/2008/12/escola-pblica-deformando-cidados.html
http://educaforum.blogspot.com/2008/12/processe-as-mes.html
http://educaforum.blogspot.com/2008/04/armao-ilimitada.html
http://educaforum.blogspot.com/2007/11/raio-x.html
É o que ocorre na EMEF Imperatriz Dona Amélia, desde o início do ano passado. Além de ter contrariado diversas leis que protegem as crianças e adolescentes confiados aos seus cuidados, a direção da EMEF resolveu se vingar das mães que se atreveram a levar suas denúncias à Secretaria da Educação, processando-as. E, como sempre, essa vingança seria consumada, se essas mães se dobrassem ao autoritarismo e ao abuso. Uma delas já havia sido condenada a uma cesta básica e a trabalhos comunitários por “difamar” a escola. Por esse motivo ela havia se afastado do grupo, mas, após ser intimada novamente a comparecer à delegacia de polícia, percebeu que a sede de vingança da direção da escola é ilimitada e resolveu se unir novamente às outras mães, na esperança de se defender dessa nova investida.
Há três semanas estamos tentando saber da SME o que acontece, mas ninguém nos dá retorno: nem a assessora do Secretário que atendeu pessoalmente essas mães em 8 de outubro do ano passado, Cláudia Oliveira, nem o chefe de gabinete, Waldecir Pelissoni e – óbvio – muito menos o próprio Secretário Alexandre Schneider.
Finalmente, a Rádio AM da Cidade resolveu cobrar um pronunciamento do Secretário e, provavelmente, desta vez ele virá a público. Mas certamente dirá que o ato de processar as mães foi uma ação “isolada” da direção da escola, que não recebeu o aval da Secretaria. Que seja! Mas como vai ficar? Como fica uma Secretaria da Educação que, além de não cumprir com sua obrigação de proteger os alunos a seus cuidados, ainda permite que seus pais sejam processados por funcionários que exercem autoridade dentro da escola? É essa a “atitude pedagógica” da SME?
A palavra está agora com o Secretário Alexandre Schneider: a Secretaria vai manter o “direito” à vingança e à impunidade da direção da EMEF Imperatriz Dona Amélia?
Leia aqui algumas matérias anteriores sobre essa EMEF. Todos os abusos estão registrados no livro de ocorrências da escola, que a SME não se dignou a consultar.
http://educaforum.blogspot.com/2008/12/escola-pblica-deformando-cidados.html
http://educaforum.blogspot.com/2008/12/processe-as-mes.html
http://educaforum.blogspot.com/2008/04/armao-ilimitada.html
http://educaforum.blogspot.com/2007/11/raio-x.html
Comentários
Parabéns!
14/11/2008 - JORNAL DA TARDE (SP)
Dobram queixas de escolas municipais
O relatório de atendimento divulgado ontem pela Ouvidoria do município aponta que dobrou o número de reclamações relacionadas às Escolas da Prefeitura de São Paulo nos nove primeiros meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2007.
O relatório de atendimento divulgado ontem pela Ouvidoria do município aponta que dobrou o número de reclamações relacionadas às Escolas da Prefeitura de São Paulo nos nove primeiros meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2007. De janeiro a setembro de 2008, foram 471 registros contra 225 no mesmo período do ano passado, um salto de 109%.O aumento das reclamações referentes às Escolas, tanto pré-escola como unidades de ensino fundamental, puxaram a alta das queixas totais da Secretaria Municipal de Educação, que incluem Escolas, creches e qualidade no atendimento. Nos três primeiros trimestres do ano, essas reclamações pularam de 357 para 700 atendimentos na Ouvidoria, um aumento de 96%. A pasta se consolidou como o terceiro órgão no ranking das queixas.
As Secretarias de Serviços e de Saúde continuam imbatíveis nos dois primeiros lugares do ranking de reclamações no acumulado do ano, com 3.460 e 3.285 atendimentos, respectivamente. Proporcionalmente, as pastas que mais aumentaram em relação a 2007 são Educação e Gestão, ambas com 96% a mais de registros.
Segundo Maria Inês Fornazaro, ouvidora-geral do município, as reclamações das unidades de ensino da Prefeitura se concentram, sobretudo, nas mudanças e transferências de alunos das Escolas municipais. “A rede passa por reestruturação e é difícil acomodar a situação. Muitos também querem estudar nos novos CEUs”, diz Fornazaro.
Desde o final de 2006, quando foi iniciada a cruzada para eliminar o turno intermediário de aula, das 11h às 15h, a rede municipal de ensino passa por uma reorganização, com a construção de novas Escolas de ensino fundamental e de Centros de Educação Unificados.
Nesse cenário, muitas crianças foram transferidas de unidades, ocasião em que é feita a compatibilização de vagas entre Prefeitura e Estado. Muitos pais reclamam que os filhos vão estudar longe de casa ou em Escolas que não desejam. Em 2008, parte das transferências ocorreram, inclusive, durante o ano letivo, o que ajuda a explicar o fato de as reclamações seguirem altas também no segundo e terceiro trimestre, período em que as matrículas estão estabilizadas.
“Houve, de fato, um realinhamento em relação às Emefs (fundamental) e às Emeis (pré-escola). Isso, sem dúvida, gerou reclamações. Mas o que a pessoa às vezes quer é informação a respeito disso”, afirma a chefe-de-gabinete da ouvidora, Maria Lumena Sampaio.
Qualidade prejudicada
De acordo com a natureza da reclamação, por outro lado, destaca-se o crescimento no item “qualidade de atendimento”, pulverizado por diversas secretarias municipais e outros órgãos públicos. Nos três trimestres do ano, esse número quadruplicou, saltando de 207 para 861 atendimentos.
A persistir o crescimento, as queixas da qualidade do serviço público prestado podem, a curto prazo, chegar ao topo do ranking, que continua com a iluminação pública, líder das reclamações com 1.056 registros. Apesar de líder, houve redução de 44% em relação a 2007.
“Esse tipo de demanda de qualidade de atendimento vem crescendo no número absoluto e já estamos fazendo um trabalho com as secretarias para tratar dessa questão. Não nos limitamos a fazer o relatório e divulgar o número. Fazemos reuniões com as equipes técnicas dos órgãos e com os dirigentes para levar o problema e avaliar as providências que estão sendo adotadas”, diz a ouvidora-geral Maria Inês Fornazaro. “As reclamações estão cada vez mais consistentes, o que nos permite trabalhar para melhorar a qualidade.”
http://www.youtube.com/watch?v=nQwWESN7JGg
Alguém pode me responder, por favor!