Os bons exemplos: quem os segue?...

O post Por que os alunos não aprendem resultou numa polêmica de “bastidores”, para falar de uma forma simpática... Na verdade, recebemos diversos comentários impublicáveis, com palavras de baixo calão, “argumentando” que neste espaço só se fala mal da escola e do professor, sem nunca mostrar bons exemplos. Como sempre, diversos comentários nos convidaram a enfrentar uma sala de aula, rsrs.
Não estamos minimamente preocupados com as críticas nem com o baixo nível dos comentários, mas fazemos questão de mostrar que sempre publicamos bons exemplos de sucesso na rede pública. O problema é que eles não são seguidos! A maioria dos diretores de escola e dos professores, que efetivamente não fazem um bom trabalho (caso contrário os níveis educacionais não estariam tão baixos), gostam de “autonomia” e se sentem auto-suficientes. Assim, em lugar de procurar saber como trabalham seus colegas bem-sucedidos, os ignoram ou até criticam. Esse é o resultado de políticas públicas em que não existe curriculum unificado nem cobrança para os profissionais do ensino.
O pior de toda essa situação é que, além de não terem seu trabalho reconhecido, os bons profissionais são muitas vezes perseguidos pela maioria dos ruins, como você vai ver em alguns dos exemplos selecionados abaixo. E, finalmente, aviso aos navegantes: não existem “boas escolas públicas” no Brasil: existem, sim, como sempre dizemos, ótimos profissionais, mas todas as escolas públicas são falhas, pois não há garantia de continuidade, nem da direção escolar, nem da coordenação pedagógica, nem dos profissionais realmente habilitados. Por esse motivo, a qualidade é sempre flutuante, ano a ano. Essas, que costumam ser chamadas de escolas de elite, são na verdade excludentes, escolhem seus alunos e imitam as piores escolas particulares, exigindo a compra de uniformes (vendidos ilegalmente na própria escola), pedindo que as famílias contratem professores particulares para suprir às próprias falhas e expulsando os alunos indesejados.
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Comentários

Cláudia Isabele disse…
Parabéns pelo post! Sigo este blog há muito tempo e este post confirma a coerência que vejo durante este tempo. Não sei se o tempo de seguidora me habilita, mas, gostaria que, se possível se pronunciassem em relação aos significados que atribuem ao ECA, como um Estatuto que protege e empodera em demasia crianças e adolescentes. Li essa opinião inclusive em um post de um outro blog sobre um projeto de lei para sancionar atos de agressão contra professores. Se educadores corroboram essa imagem pejorativa sem refletir mais profundamente... Que refletirá de fato a educação?
Giulia disse…
Olá, Nefer, o ECA não empodera crianças e adolescentes, ele as protege, como você bem diz. O adulto é que tem que dar o exemplo. Acredite: as agressões de alunos e pais contra professores são em número infinitamente menor do que as dos profissionais contra os alunos. Mas os sindicatos da classe têm poderosas assessorias de imprensa que divulgam imediatamente qualquer deslize por parte dos alunos. Ao contrário, os pais de alunos têm medo de divulgar as barbaridades de que seus filhos são vítimas. Ninguém aqui estimula os alunos à violência, ao contrário. Sempre que alguém nos pede ajuda, investigamos se se trata de alguém realmente injustiçado. Mas a imagem pejorativa, a "demonização" dos alunos promovidas pelos sindicatos e pela mídia ficou muito forte e até pessoas de boas intenções se deixam envolver por ela.
Arthur disse…
"Comprometimento" de fato é imprescind~ivel. Mas a escola é um corpo dinâmico e de interrelações, onde a atuação de uma parte compromete o funcionamento do todo. Onde os alun os nãos e comprometerem, não ainda nada o professor querer se comprometer e vice-versa. Esse comprometimento deve ser cobrado de todos.