As "aulas de direito" na rede estadual de São Paulo continuam de vento em popa!
Desta vez o "tribunal" se reuniu numa escola da grande São Paulo para proceder à expulsão de um aluno de 12 anos, em duas sessões, como manda o "figurino". Se a mãe tivesse aceito de primeira, não seria necessário dar a "juiz", "promotor", "advogado de defesa (?)" e ao "juri" o trabalho de se reunir novamente, mas ela não se conformou e entrou com "recurso". Isso não adiantou, pois na segunda sessão a expulsão foi confirmada. Detalhe: nessa reunião não estava presente nenhuma mãe ou pai de aluno, apenas professores.
O "crime" do garoto foi conversar durante as aulas e não aguentar copiar tudo da lousa, sendo essa a "proposta pedagógica" da escola: cópia e decoreba...
Fora isso o aluno é educado, nunca agrediu colegas ou professores, nunca repetiu de ano nem consta qualquer ato de indisciplina em seu histórico escolar.
A mãe é também professora da rede estadual é já deu aula em escolas cuja proposta educacional é mais interessante, mas não pode aceitar a transferência do filho, pois ele teria que ir sozinho de ônibus, além de que está com a autoestima abalada, após as duas sessoes de expulsão. Ela conta que quando volta para casa, à noite, dá aulas de reforço para o filho e diz que ele gosta de aprender, faz muitas perguntas e vai pesquisar os assuntos na internet.
A escola já estava pressionando a mãe há uns meses para transferir o filho de escola, já que ela não conseguia que ele "ficasse quieto". A mãe sugeriu que o mudassem de classe, pois isso poderia ajudar, mas a medida foi negada. O que a escola realmente queria era se livrar do aluno. Durante várias reuniões com os professores, a mãe ouviu eles gritando que o problema era dela e que se virasse para resolvê-lo, a professora "mediadora" começou a chamar o menino com apelidos desagradáveis e outros professores também foram constrangendo o aluno, na tentativa de fazê-lo desistir. Os próprios vizinhos estão chamando o garoto de "expulso" e assim aumentando o problema da autoestima.
Já encaminhamos o assunto à COGSP e esperamos que o aluno seja rapidamente reintegrado à sala de aula, em outra classe.
Não é possível que a escola paulista continue expulsando alunos e que aliás escolha sempre os mais inteligentes, aqueles que poderiam fazer a diferença para o futuro do país! Chega desses tribunais ILEGAIS nas escolas, que privam o aluno do direito constitucional de estudar e permanecer na escola do bairro.
Vamos relembrar o caso de alguns alunos que conseguimos "salvar" da expulsão e que talvez tivessem abandonado os estudos, leia aqui:
Quem salva uma criança salva a humanidade
Comentários
Sua sobrinha tem todo o direito de estudar em uma escola organizada e de ter todas as aulas todos os dias. Pelo pouco que você conta, fez muito bem de se mudar, a escola anterior deve ser do tipo "faroeste", como muitas que conhecemos em nossas andanças: bagunça geral, aula vaga todos os dias, gritaria e confusão por todos os lados. Veja por exemplo a Lucas Roschel Rasquinho: expulsava alunos a rodo e mudou da água para o vinho com a nova diretora. Mas temos notícias ruins de que os professores folgados querem tirá-la de lá e trazer de volta a velha direção. Veja como é complicado manter a qualidade numa escola da rede pública!
Molina
Deve ser mesmo torturante exercer uma função para o qual a pessoa não tem nenhuma vocação..
Foi trocada a direção mas a panelinha ficou e a diretora nova pediu férias.
As informações que chegam é que ela está ameaçada de morte.
A panela da diretora antiga está organizando abaixo assinado,indo nas salas e obrigando alunos a assinar o documento.
Um grupo de alunos se revoltou e a paneloca registrou um BO contra eles na 15 DP
O Tertuliano ficou de levantar o teor desse documento...
Eu acreditei. Nas duas histórias. Ja dei aula na rede pública e sei muito bem o que acontece. Há alunos atormentando colegas até o ponto que não queiram mais ir à escola. E há também professores muito ruins, que não sabem ensinar nem sabem a respeito daquilo que ensinam. Alguns até que perseguem alunos, e perseguem também os bons professores.
Parece-me que todo mundo quer ouvir apenas uma das metades da história. E meia verdade é mentira completa.